Na aula inaugural do curso de extensão Confluir UFMG, aberta ao público, o Comitê de Cultura de Minas Gerais convida os participantes a dialogar sobre pertencimento no âmbito cultural, abordando temas como participação, manutenção e fomento das ações culturais. A proposta é ampliar a compreensão sobre diversidade cultural, modos de ser, fazer, produzir e consumir cultura.

A aula contará com a presença do agente cultural e ativista do movimento Hip-Hop Vanderlei Dias. A programação inclui ainda uma apresentação de Dom Ronaldo Black, um dos mais antigos praticantes da black soul em Belo Horizonte e um dos fundadores do Quarteirão do Soul na cidade.

A formação Confluir UFMG acontecerá entre os meses de março e abril, com o objetivo de capacitar os estudantes para captar recursos para seus projetos pessoais ou coletivos e atuar no fornecimento desse serviço, seja como captadores ou como mediadores de formações de escrita de projetos para agentes culturais. A iniciativa é fruto da parceria entre o Comitê de Cultura em Minas Gerais e a Pró-reitoria de Cultura da UFMG.

Comitê de Cultura em Minas Gerais - o comitê é parte do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) com o objetivo de ampliar o acesso e a participação popular nas políticas públicas de cultura e contribuir com a compreensão da cultura como um direito. Nos 26 estados e Distrito Federal, os Comitês de Cultura são articulados por Organizações da Sociedade Civil selecionadas por meio de edital público. Em Minas Gerais, a AIC - Agência de Iniciativas Cidadãs (Belo Horizonte) é responsável por desenvolver as ações, em parceria com outras três organizações: Associação Carla Rosa (Viçosa), Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Araçuaí) e Espaço Hibridus Ponto de Cultura (Ipatinga). Ao longo de dois anos, serão realizadas atividades de mobilização social, formação, apoio a projetos e parcerias e comunicação.

Vanderlei Dias Gonçalves - agente cultural, ativista e mobilizador social. Atua no movimento Hip-hop desde o final dos anos 1990, é MC, compositor, palestrante, locutor, contador de histórias desde 2010 e apaixonado por fotografia. Nasceu na cidade de Pedro Leopoldo e viveu parte da sua adolescência e juventude no Bairro da Lua, bairro periférico que fica na região norte da cidade. Desenvolveu suas habilidades cênicas em esquetes teatrais de grupos de jovens. Em meados de 1996, criou o primeiro grupo de Rap de sua cidade natal. Entre 2002 e 2005, criou o Coletivo AdicioManos, que promoveu o Treme Terra, maior evento de cultura urbana da região. Em 2003, em parceria com a Associação de Mulheres de Pedro Leopoldo, ministrou oficinas no 1⁰ Fórum Social Brasileiro, na UFMG. Entre 2000 e 2010, foi assessor pelo Centro Marista de Pastoral (CMP-BH), realizando oficinas de dinâmicas e momentos culturais com lideranças juvenis.

Capacidade sujeita à lotação do espaço.
Não é necessária inscrição prévia.

Data: 18/3/25
Horário: 14h
Duração: 2h
Local: Conservatório UFMG (Av. Afonso Pena, 1534 - Centro)

A abertura oficial do 19º Festival de Verão UFMG contará com a presença da reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart de Almeida, do pró-reitor de Cultura, Fernando Mencarelli,  da pró-reitora adjunta de Cultura, Mônica Medeiros, do diretor do Conservatório UFMG, Fernando Rocha, do diretor do Centro Cultural UFMG, Fabrício Fernandino e da diretora do Espaço do Conhecimento UFMG, Sibelle Diniz. 

A atração cultural será a apresentação Música contemporânea em diálogo com a palavra e a tradição, do Grupo Sonante 21. O concerto integra a programação dos 100 anos da Escola de Música da UFMG e marca a abertura da temporada 2025 do Conservatório UFMG, nos seus 99 anos, além de comemorar o centenário de nascimento do compositor Luciano Berio e prestar homenagem ao compositor brasileiro Marlos Nobre, falecido em dezembro de 2024. 

No programa, três obras trazem visões de alguns dos mais importantes e influentes compositores da música de concerto contemporânea sobre canções e temas relacionados a tradição de diversas culturas: a musicalidade das tradições afro-brasileiras (na obra de Marlos Nobre), a poesia espanhola de Frederico Garcia Lorca (na obra de George Crumb) e canções folclóricas de tradições diversas (na obra de Berio). 

Ao lado dessas, temos no concerto a obra da compositora Cecília Nazaré, professora da Escola de Música da UFMG. Nazaré dialoga com a poesia de Charles Baudelaire. Segundo a compositora, a  obra é inspirada em seu professor de composição, Oiliam Lanna, a quem é dedicada. Das marcantes lembranças que tem da relação professor-aluna que desenvolveu com Lanna, é o encantamento de seu mestre pela obra do poeta francês Charles Baudelaire. Uma releitura permitiu à compositora encontrar um poema que retratasse o que Oiliam Lanna representa em sua formação. “Élévation”, poema bastante conhecido de Baudelaire, serviu de estímulo para a criação, pois, como expressa Cecília Nazaré, seus versos evocam o lugar para onde a arte é capaz de nos transportar: um lugar elevado, utópico, que nos preenche e que nos faz sentir bem, ainda que de modo efêmero; um lugar que, apesar de sua fugacidade, nos motiva a continuar. O poema descreve um voo sobre as coisas terrenas, um sobrevoo que enleva o leitor. Assim, duas clarinetas e o piano foram escolhidos para expressar esse voo entrelaçado num movimento de elevação.

Sonante 21 - o grupo foi criado dentro do programa de pós-graduação em música da UFMG e se dedica a pesquisa e performance de obras de câmara de autores contemporâneos, incluindo estreias mineiras ou brasileiras de obras significativas da música da segunda metade dos séculos XX e XXI. Em seus concertos, já apresentou obras de Steve Reich, Luciano Berio, George Crumb, Brian Feynerhough, Magnus Lindberg, Terry Riley, Frederic Rzewski, Sean Griffin, David Lang, Sílvio Ferraz, Carlos Stasi, Oilian Lanna, Igor Maia, entre outros. O grupo tem a direção artística de Fernando Rocha.

Data: 18/3/25
Hora: 19h
Duração: 50 min
Local: Conservatório UFMG

Ficha técnica:

Direção Geral: Fernando Rocha 
Cantores solistas: Luciana Monteiro de Castro e Carlos Morais
Músicos: Marcus Julius Lander (clarinete), Elise Pittenger (cello), Fernando Araújo (violão), Fernando Rocha (percussão/regência), Igor Sampaio (clarinete), Jessé Maximo Pereira(viola), Lucas Davi (percussão), Marcelo Penido (harpa), Natália Mitre (percussão), Rodrigo Frade (flauta) e Rodrigo Miranda (piano).
Repertório:

Marlos Nobre (Brasil, 1939-2024): 3 Canções de Beira Mar (1999)

  1. Estrêla do Mar
  2. Yemanjá
  3. Ogum de Lê

Luciana Monteiro de Castro: voz
Rodrigo Miranda: piano

Cecília Nazaré de Lima (Brasil, b. ): Élévation (2022)

Rodrigo Miranda: piano
Marcus Julius Lander: clarinete
Igor Sampaio: clarinete

George Crumb (EUA, 1929-2022): The Ghosts of Alhambra (Spanish Songbook I) for Voice, Guitar, and Percussion (2009) - A Cycle of Seven Songs from Poema del Cante Jondo ("Poem of the Deep Song") by Federico Garcia Lorca

1.Alba 

  1. Malagueña
  2. Memento 

Carlos Morais: voz
Fernando Araújo: violão
Fernando Rocha: percussão

Luciano Berio (Itália, 1925-2003): Folk Songs (1964) 

  1. Black is the Colour... (EUA) 
  2. I wonder as I wander… (EUA) 
  3. Loosin Yelav… (Armênia) 
  4. Ballo (Itália) 
  5. Motettu de Tristura (Sardenha) 
  6. Lo Fiolaire (Auvérnia/França) 
  7. Azerbaijan LoveSong (Azerbaijão) 

Luciana Monteiro de Castro: voz
Jessé Maximo Pereira: viola
Elise Pittenger: cello
Rodrigo Frade: flauta
Marcus Julius Lander: clarinete
Marcelo Penido: harpa
Natália Mitre: percussão
Lucas Davi: percussão
Fernando Rocha: regência

Alegoria da Paisagem destaca o repertório do álbum mais recente do rapper Roger Deff. No palco, o artista segue acompanhado por Michelle Oliveira e Celton Oliveira (voz) + DJ Hamilton Júnior (toca-discos).

O trabalho tem o território e a periferia como temas, assim como a valorização da cultura e dos modos de ser das pessoas que compõem aquela paisagem. O título surgiu a partir de uma discussão que Deff acompanhou durante uma aula do mestrado que realizou sobre o Hip Hop de BH. O debate refletia o que é ou não considerado paisagem na cidade, uma análise sobre o que é visto e percebido, sobre quais territórios são legitimados na lógica excludente da cidade.

As músicas discutem sobre a forma como a periferia é percebida no contexto urbano, sobre a sua invisibilidade e, paradoxalmente, a sua onipresença (cultural, simbólica e física) em todos os cantos das metrópoles Brasil afora. O álbum foi produzido por Ricardo Cunha e Edgar Filho e carrega elementos sonoros de gêneros como o funk, o rap e o samba, tudo carregado de brasilidade, reforçando o que Deff chama de “sotaque sonoro periférico” e mantendo o rap como centro catalisador destes estilos musicais.

Roger Deff - iniciou sua caminhada com a icônica banda de rap mineiro Julgamento, com a qual gravou os álbuns No Foco do CAOS (2008), Muito Além (2011) e Boa Noite (2028). Deu início oficial à sua carreira solo em 2019, quando lançou o álbum Etnografia Suburbana, que tem como temática a herança cultural da diáspora negra. Em 2021, lançou Pra Romper Fronteiras, disco que homenageia as bases do Hip Hop. Em 2023 lançou  o terceiro álbum, intitulado Alegoria da Paisagem, trabalho que tem o território da periferia como tema, com foco na valorização das comunidades, com suas histórias e processos. Em 2024, a música Etnografia Suburbana foi incluída na trilha sonora da novela Volta Por Cima (TV Globo). Desde 2019, o artista assina a trilha de abertura do programa Rolê nas Gerais, da TV Globo Minas.

Data: 20/3/25
Hora: 19h30
Duração: 1h 
Local: Conservatório UFMG (Av. Afonso Pena, 1534 - Centro)

Portal público sobre máscaras performativas idealizado e desenvolvido pela professora e pesquisadora Bya Braga (Departamento de Artes Cênicas da EBA-UFMG), no âmbito das atividades do Grupo de Pesquisa LAPA-UFMG (Laboratório de Pesquisa em Atuação)/CNPq, liderado por ela. O Portal integra ações desenvolvidas pelas/os integrantes do Grupo LAPA e será abrigado no site da Escola de Belas Artes da UFMG. O Portal conterá, inicialmente, um conjunto de informações já coletadas sobre a temática das máscaras e dos mascaramentos brasileiros, oriundo de estudos, experiências artísticas e pesquisas acadêmico-artísticas realizadas especialmente no Brasil.

Data: 20/3/25
Hora: 18h30
Local: Centro Cultural UFMG

Inspirada na  história da ativista Harriet Tubman, que utilizou as estrelas e constelações para guiar pessoas negras escravizadas em suas rotas de fuga nos Estados Unidos, esta sessão revisita momentos nos quais o céu se transformou em um mapa de liberdade. Cada estrela e constelação revela narrativas históricas e pessoais de resistência e esperança, traçando o caminho percorrido por aqueles que, assim como Tubman, encontraram nas estrelas uma rota para a libertação. Esta é uma sessão proposta pelo artista Rafael RG, em colaboração com o professor Alan Alves Brito, astrofísico e divulgador científico da astronomia numa perspectiva étnico-racial. 

Data: 22 e 23/3/25
Hora: 19h e 16h, respectivamente
Duração: 20 min
Vagas: 60 
Onde: 5° andar (Planetário) – Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

Os ingressos gratuitos devem ser adquiridos na recepção no mesmo dia da atividade.

O pianista apresenta uma ampla variedade de ritmos brasileiros interpretada com criatividade e virtuosismo. Com composições próprias e arranjos para músicas de Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Nelson Ferreira, Edu Lobo e João Bosco, Hercules traça um panorama da música brasileira passeando por gêneros tradicionais como choro, samba, frevo, baião e maracatu.

Hercules Gomes - considerado um dos mais representativos pianistas brasileiros da atualidade, Hercules já se apresentou em alguns dos mais importantes festivais de música no Brasil e no exterior. Foi vencedor do 11º Prêmio Nabor Pires de Camargo e do I Prêmio MIMO Instrumental. Como solista já atuou com orquestras como a OSUSP, Jerusalem Symphony Orchestra e Orquestra Filarmônica de Montevideo. Lançou quatro CDs: Pianismo (2013), No tempo da Chiquinha (2018), Tia Amélia para Sempre (2020) e Sarau Tupynambá (2022). Em 2021 seu recital solo com tangos brasileiros e argentinos fez parte da programação da Osesp na Sala São Paulo. 

Data: 25/3/25
Hora: 19h30
Duração: 1h10 
Local: Conservatório UFMG (Av. Afonso Pena, 1534 - Centro)

No show, Kristoff Silva apresenta canções próprias e de diversos autores que  frequentemente aparecem em seus cursos sobre a canção popular, tal como na oficina Afinação da interioridade, oferecida nesta edição do Festival de Verão UFMG. O show traz como convidados Natália Mitre (vibrafone) e PC Guimarães (guitarra) que, juntos, formam o Duo Foz, com um trabalho instrumental que preza pelo diálogo com o universo das canções. 

Kristoff Silva - artista, professor e doutor em Música. Possui três CDs gravados, além de um DVD. Sua tese recebeu o Prêmio de Melhor Tese da UFMG 2021. Dentre os prêmios e seleções nas quais foi contemplado, destacam-se: Bolsa de Criação Artística da FUNARTE; terceira colocação no Prêmio VISA/Compositores; Petrobrás Cultural, Natura Musical e Rumos Itaú Cultural. Escreveu o Livro de Partituras de José Miguel Wisnik e é um dos responsáveis pelo Cancioneiro Elomar. Já se apresentou ao lado de Caetano Veloso, Elza Sores, Ná Ozzetti, Mônica Salmaso, Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik, Zé celso Martinez Correa, Grupo Uakti, Titane, Elomar e outros artistas. 

Duo Foz - formado por Natália Mitre (vibrafone e percussão) e PC Guimarães (guitarra), o duo estreou em 2021, vencendo o 20º Prêmio BDMG Instrumental na categoria de melhor arranjo da edição. Usufruindo da diversidade que vibrafone e guitarra podem abarcar, o Duo Foz estrutura seu trabalho na busca pela convergência entre contemplação e inquietação, arranjo e improvisação, o simples e o complexo. 

Data: 27/3/25
Hora: 19h30
Duração:1h
Local: Conservatório UFMG

Nêga Kelly apresenta suas músicas autorais, bem como canções e versões que a consagraram como artista em Belo Horizonte, além do seu mais novo projeto, ‘Nêga canta Elza Soares’.

Nêga Kelly é cantora, compositora, musicista, apresentadora, atriz e modelo. Nascida em Santos, se consagrou como artista em Belo Horizonte em 2016. Com sua voz marcante participou de importantes projetos e cantou com músicos consagrados, como Toni Garrido, Rogério Flausino, Henrique Portugal (Skank), Leoni, Di Ferrero, Digão (Raimundos), entre outros, além de abrir shows para diversos artistas.

Data: 28/3/25
Hora: 20h
Duração: 70 minutos
Local: Centro Cultural UFMG

A edição do evento ‘Tocar e Ouvir – outras escutas’ apresenta produções coletivas inovadoras de ensino/aprendizagem musical em curso na Escola de Música da UFMG. Negociando o viés eurocêntrico, que marca o ensino acadêmico de música com outras práticas e escutas musicais, o concerto reúne os trabalhos dos grupos ‘Oboensemble’, ‘GruVi’ e ‘Vozes e Cordas’, que têm em comum traços que se alinham às palavras motoras do festival: diversidade cultural, decolonialidade e democracia.

‘Tocar e Ouvir ’ é um evento de ensino e extensão organizado de forma colaborativa entre docentes, técnicos e estudantes da Escola de Música da UFMG. O principal objetivo é promover um espaço de convivência cultural em torno dos múltiplos e diversos saberes e práticas musicais brasileiros, favorecendo o debate intercultural na universidade e estendendo-o ao ensino médio por meio de ações musicais socioeducativas. 

O ‘Oboensemble’ é oriundo dos estudos técnicos e artísticos desenvolvidos na Habilitação em Oboé do Bacharelado em Música da UFMG. Formado por oboés, oboef (corne inglês), fagote, violão e percussão, o grupo tem no som dos instrumentos de madeiras a sua principal característica. O repertório é constituído por peças de repertório para oboé e oboef, e também de arranjos, transcrições e adaptações de músicas clássicas e populares, especialmente adaptadas para esta formação instrumental.

O ‘GruVi’, Grupo de Violoncelos da UFMG, se apresenta desde 2016, sob orientação da Professora Dra. Elise Pittenger, em espaços da Universidade Federal de Minas Gerais e outros espaços culturais da região metropolitana de Belo Horizonte. Tem estabelecido importante comunicação com compositores e arranjadores brasileiros, estimulando a colaboração entre compositor e performer. Essa parceria também tem incentivado a criação de novas peças e arranjos para a formação de grupos de violoncelos. Além de obras brasileiras e contemporâneas, o GruVi conta com um extenso e variado repertório de músicas que vão do período barroco ao romântico. Atualmente o Grupo de Violoncelos da UFMG é formado por alunos da graduação e pós-graduação em violoncelo e também da extensão.

‘Vozes e Cordas - os voos de Jobim e Guinga’ é fruto do trabalho realizado no 2º semestre de 2024 na atividade acadêmica curricular do Programa Grandes Grupos Instrumentais da UFMG (GGI), com arranjos compostos especialmente para a formação de 15 vozes e um quinteto de cordas para canções de dois grandes mestres da música popular brasileira: Tom Jobim e Guinga. A direção e arranjos são de Andrea dos Guimarães.

Data: 27/3/25
Data: 20h
Duração: 70 min
Local: Centro Cultural UFMG

Exibição do filme ‘Zé’, seguida por um debate entre o diretor do longa-metragem, Rafael Conde, o autor do livro que inspirou a obra cinematográfica, o jornalista Samarone Lima, com participação da professora Miriam Hermeto Sá Mota. 

– (História, 2023, Brasil, Direção: Rafael Conde, 120’, 14 anos)

José Carlos da Mata Machado, militante estudantil brasileiro, participa de um grupo de resistência contra a ditadura militar no Brasil. Perseguido, deixa o conforto de uma vida burguesa para trabalhar com alfabetização e conscientização política no interior do nordeste, na clandestinidade. Lá conhece sua parceira Bete, com quem tem dois filhos.  Em 1973, o grupo Ação Popular foi alvo da brutal repressão desencadeada pela infiltração do ex-militante Gilberto Prata, irmão de Bete, e que levou às mortes de Zé, Gildo Lacerda e aos desaparecimentos de Honestino Guimarães, Paulo Stuart Wright, Humberto Câmara, Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira e Eduardo Collier. Baseado em uma história real.

Rafael Conde é graduado em Ciências Econômicas pela UFMG, mestre em Artes/Cinema pela USP, doutor em Artes Cênicas pela UniRio com bolsa sanduíche em Performance Studies na NYU e pós-doutor pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Dirigiu documentários e programas jornalísticos para a Rede Minas de Televisão. Foi coordenador do Cine Humberto Mauro e Setor de Cinema da Fundação Clóvis Salgado BH/MG. É professor do Programa de Pós-graduação em Artes da Escola de Belas Artes/UFMG. Em teatro co-dirigiu a peça ‘A brincadeira’ (2015-2016), para o circuito CCBB, e dirigiu o ‘Projeto Experimentos Cênicos’ com o Grupo Galpão (2019). Publicou artigos e, em 2019, lançou o livro ‘O ator e a câmera: investigações sobre o encontro no jogo do filme’.

Samarone Lima nasceu no Crato (CE) e viveu em diversas cidades do Brasil até migrar para o Recife, em 1987. Jornalista e escritor, publicou os livros-reportagens ‘Zé’, ‘Clamor’ e ‘Viagem ao crepúsculo’. Desde 2012 vem publicando sua obra poética. Em 2014, com ‘O aquário desenterrado’, ganhou o Prêmio Alphonsus de Guimaraens da Fundação Biblioteca Nacional e o Prêmio Brasília de Literatura.

Miriam Hermeto Sá Mota é professora da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, nos Programas de Graduação e Pós-Graduação em História e Coordenadora do Laboratório de História do Tempo Presente. Dedica-se ao estudo da história cultural da política no Brasil contemporâneo, da relação entre história e produtos culturais (música popular), do ensino de história, da história oral, da história do tempo presente e da história pública.

Debatedora:
Giulia Azevedo - estudante de Ciências Sociais e coordenadora heral do DCE UFMG pelo Movimento Correnteza.

Data: 26/3/25
Hora: 19h
Duração: 3h
Classificação: 14 anos

Em um reino governado por um rei tirano, uma nova lei é imposta: a Lei do Engole-Choro. Neste domínio absurdo não há espaços para emoções delicadas. O povo, então, temeroso e submisso, reprime seus sentimentos. No entanto, no meio desse deserto emocional, ainda brilha uma chama de esperança que apenas um inesperado amor pode resgatar.

O grupo de teatro ‘Às avessas’ é formado por cinco mulheres viradas do avesso, no oposto, no contrário, no inverso, buscando sentido nas coisas, sentindo as coisas e convidando o público a sentir com elas. Um grupo teatral belo-horizontino que surgiu na UFMG através de um espetáculo de teatro popular, com encontros que iam do riso ao choro em segundos.

Data: 20/3/25
Hora: 19h30
Duração: 1h
Local: Centro Cultural UFMG

A mostra apresenta um conjunto de trinta máscaras cênicas e dez pinturas sobre máscaras e mascaramentos de Minas Gerais, do acervo do Curso de Graduação em Teatro da Escola de Belas Artes da UFMG e de acervos pessoais. Algumas máscaras foram confeccionadas por estudantes, sob a orientação do Cenotécnico Daniel Ducato, em aulas de improvisação cênicas ministradas pela professora Bya Braga. Outras foram criadas por meio de atividades de pesquisa baseada nas artes cênicas ou, ainda, por artistas mascareiros(as). A curadoria é de Bya Braga e Daniel Ducato, com apoio da discente Cecília Saruê e integrantes do Grupo LAPA-UFMG.

Data: 20/3/25
Hora: 18h
Duração: 2h
Local: Centro Cultural UFMG

Com dramaturgia coletiva, orientada e dirigida por Altemar Di Monteiro, a peça possui 23 atuantes em cena. O espetáculo é livremente inspirado nos escritos de Paul B. Preciado e Achille Mbembe, e propõe uma experiência sensorial intensa, na qual corpos em movimento dialogam com o silêncio e um design sonoro envolvente. A proposta bilíngue (português/libras) transcende a acessibilidade, buscando acolher tanto corpos ouvintes quanto surdos, criando uma dramaturgia que se debruça sobre o ruir e o reconstruir, o ouvir e o não ouvir. Em diálogo com o conceito de disphoria, cunhado por Preciado, a peça explora a noção de inadequação para refletir sobre uma dimensão existencial que define nosso tempo e para reafirmar que corpo e mundo nunca estiveram separados.

Sinopse: Em um mundo em colapso, onde as certezas caem como monumentos antigos, "O Som do Mundo Desmoronando" descortina um tempo de transição. Livremente inspirada nos escritos de Paul B. Preciado e Achille Mbembe, a peça entrelaça narrativas de resistência com as marcas de uma destruição ecológica e humana que pulsa em nosso tempo. Nos escombros, histórias emergem: baratas, ativistas, cientistas e seres insólitos dançam, insurgem e fazem algo, enquanto o silêncio ecoa tão alto quanto o som. Mais que uma peça, este é um convite para escutar o inaudível, enxergar o invisível e, mesmo com asas quebradas, imaginar algum voo (im)possível.

Coletivo Urutau - nasce do encontro pulsante de estudantes da Graduação em Teatro da UFMG no componente Práticas de Criação, ministrado pelo Prof Altemar Di Monteiro. Após um semestre de imersão em estudos teóricos e experimentos cênicos, nosso grupo dá corpo e voz à inquietações contemporâneas, explorando formas de criação colaborativas que jogam com as poéticas do teatro performativo. Atualmente, nos dedicamos à produção do espetáculo "O Som do Mundo Desmoronando", uma obra que emerge do diálogo entre arte e vida como jogo fundante de nossa relação com o mundo.

Datas: 21, 22 e 23/3/25
Hora: 19h30
Duração: 1h 40
Classificação: 12 anos
Local: Funarte MG

Ficha técnica:

Direção e Orientação de Dramaturgia: Altemar Di Monteiro
Assistência de Direção: Eliezer Sampaio Lili
Texto: Coletivo, livremente inspirado nos escritos de Paul B. Preciado e Achille Mbembe
Elenco: Ana Di Ângelo, Alexandre de Oliveira Santos, Cecília Saruê, Deávila Marques, Dinalva Andrade, Eliezer Sampaio Lili, Gabrielle Vasques, Kemills Dunda, Larissa Ferreira, Luan Castro, Luisa de Paula, Marcos Andrade, Maria Moreira, Marina Batista, Matyane Andrade, Paloma Mackeldy, Paulo Vitor Aguero, Sereia Dias, Sofia de Paula, Tatiane Evellyn, Tereza Castro, Victor Amaral e Wellyn
Direção Musical: Luisa de Paula
Preparação Vocal e Orientação Musical: Tatá Santana
Engenharia de Som: Ivo Ivo Ivo
Mixagem de Som: Wellyn
Trilha de Estúdio: Pauleiramad Home Studio e Wellyn
Operação de Som: Sereia Dias
Iluminação: Ismael Soares
Operação de Iluminação: Ismael Soares
Vídeos: Gabrielle Vasques, Gabriel Guimarães e Guilherme Victor
Operação de vídeos: Tereza Castro
Orientação de Figurinos e Adereços: Sávio Rocha e Daniel Ducato
Preparação Corporal: Paloma Mackeldy, Maria Moreira e Eliezer Sampaio Lili
Orientação de Animação de Bonecos: Daniel Ducato
Fotografia: Kêmilly Soares, Gabriel Guimarães e Guilherme Victor
Apoio técnico: Ana Cristina Alcântara, Lucy Ribeiro e Ellen Caroline
Libras: Alexandre de Oliveira Santos, Marcos Andrade e Dinalva Andrade
Projeto Gráfico: Duda Carmona
Realização: Graduação em Teatro / Escola de Belas Artes / UFMG

Apresentação da cartilha elaborada pela equipe do Educativo do Centro Cultural UFMG e conversa entre os artistas e curadores das exposições ‘Arte como jogo de brincar’, ‘Cumbara’ e ‘Tudo que é rastro um dia foi desejo’, com mediação de Fabrício Fernandino.

Data: 21/3/25
Hora: 18h
Duração: 1 h
Local: Hall Superior do Centro Cultural UFMG

Data: 21/3/25

Hora: 19h

Duração: 1 h

Local: Grande Galeria, sala Celso Renato de Lima, sala Ana Horta e Espaço Experimentação da Imagem do Centro Cultural UFMG

Roda de conversa sobre a importância da inclusão de sujeitos, saberes e grupos sociais marginalizados pela dinâmica colonialista.

Debatedores:
Gil Amâncio - doutor em Educação por ‘Notório Saber’ pela UFMG.

Karine Waridã Xakriabá e Guilherme Pankararu - alunos indígenas da UFMG.

Mediador:
Fernando Mencarelli - pró-reitor de cultura da UFMG.

Data: 21/3/25

Hora: 20h

Duração: 2 h
Local: Auditório

Referência cultural do Barreiro desde 2008, o Coletivoz Sarau de Periferia promove a poesia falada, a escrita livre e a leitura coletiva por meio da literatura marginal-periférica e suas oralituras em performance art. Neste evento, o Coletivoz convida poetas deste circuito cultural das periferias para a realização de um tributo à Kátia Leal de Sena, grande artista e escritora da cena literária de Minas Gerais.

Data: 22/3/25

Hora: 17h

Duração: 1 h
Classificação: maiores de 15 anos de idade
Local: Espaço do Conhecimento UFMG

Víbora é um show musical autoral que faz parte do projeto “Ano da Serpente”, em celebração aos 20 anos de carreira de Tamara Franklin. A apresentação une elementos da cultura hip-hop com sonoridades tradicionais brasileiras, como o congado e o samba, criando um rico encontro ancestral da cultura afrodiaspórica. O espetáculo propõe uma vivência única, em que o passado e o presente se entrelaçam por meio de uma cosmovisão contracolonial, segundo a qual o tempo é uma divindade que conecta diferentes momentos históricos. Com influências dos ritmos jamaicanos e da cultura hip-hop em suas diversas vertentes (drill, trap, boombap), e também de sons contemporâneos como o afrobeats, o show oferece uma experiência sensorial e de identidade.

Tamara Franklin - rapper, cantora, compositora e psicóloga, Tamara Franklin nasceu em Ribeirão das Neves e começou sua trajetória artística ainda na infância, com o grupo H2S2, fundado quando ela tinha 13 anos. Em 2015, iniciou sua carreira solo com o álbum Anônima. Seu trabalho mais recente, Fugio: Rotas de Fuga Pro Aquilombamento (2020), mistura rap com ritmos do Candombe Mineiro e aborda temas de resistência e prosperidade do povo negro ante o racismo.

Data: 24/3/25

Hora: 12h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços

Lavínia Rocha é escritora, palestrante e professora. Começou a escrever aos 11 anos e já publicou 14 livros, entre eles O mistério da Sala Secreta (2021), Entre, corra e pule: aventuras (nada) virtuais pela África (2023) e a trilogia Entre 3 Mundos (2022-2024). Participou das coletâneas Flores ao mar (2022), As artes mágicas do Ignoto (2021) e Raízes do amanhã: 8 contos afrofuturistas (2021). Para o público adulto, escreve sob o pseudônimo LiaRocha. É formada em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduada em Ensino de História. Venceu, em 2022, o prêmio Perestroika, sendo considerada a professora mais criativa do país na educação básica, e foi finalista do Prêmio Professor Porvir em 2023 com o projeto África: um continente diverso, com mais de 6 milhões de visualizações nas redes sociais. Ministra cursos e palestras em escolas e destaca-se na internet divulgando uma metodologia de ensino dinâmica, divertida e antirracista.

Mediação:
Thelma Borges

Data: 24/3/25

Hora: 13h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços

Há mais de 25 anos, a Associação da Velha Guarda da Faculdade do Samba de Belo Horizonte vem promovendo encontros musicais que celebram os grandes nomes do samba mineiro. O grupo reúne sambistas de várias regiões da cidade, incluindo nomes como Lucinha Bosco, Sandra Mara, Eliane de Minas, Diza Franco, Carlinhos Visual, Gemagi, Barbanache, Kadiola da Vila, Bodoque da Cuíca, Assis Maneiro, Paulão Reis, Zuquinha, entre outros.

Com atividades regulares no Centro Cultural UFMG, a Associação realiza ensaios, oficinas, palestras e apresentações, fortalecendo e afirmando a cultura do samba em Minas Gerais. A relevância desses artistas no cenário cultural mineiro foi reconhecida no documentário Roda (2011), dirigido por Carla Maia e Raquel Junqueira, que registra a memória do samba e da cultura de Belo Horizonte.

Data: 25/3/25

Hora: 12h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços da UFMG

Ana Elisa Ribeiro e Jacyntho Lins Brandão são dois veteranos das Letras, com larga e reconhecida produção literária. O que une esses dois escritores, professores, pesquisadores nessa conversa é sua versatilidade ao escrever textos de vários gêneros e para diferentes públicos. Vamos conversar sobre seu processo de escrita e sobre seus livros, incluindo os livros que publicaram pela Editora UFMG.

Ana Elisa Ribeiro - escritora, poeta, cronista, ensaísta, editora, professora e pesquisadora. Ganhou o Prêmio Jabuti 2022 com o livro Romieta e Julieu, entre outros prêmios. Tem diversos livros publicados, obras literárias e acadêmicas, como: Anzol de pescar infernos (2013), Xadrez (2015), Álbum (2018), Dicionário de imprecisões (2020), Doida pra escrever (2021), Nossa língua & outras encrencas (2023), Causas não naturais (2023), Menos ainda (2023). Entre os infantis e infantojuvenis, publicou Sua mãe (2011), Pulga atrás da orelha (2017), O e-mail de Caminha (2018), O que é um livro? (2018). É professora do CEFET-MG onde desenvolve estudos e pesquisas sobre edição, tecnologias digitais e língua portuguesa.

Jacynto Lins Brandão - atualmente presidente da Academia Mineira de Letras (AML), é tradutor, poeta, escritor. É professor emérito da UFMG, professor da Faculdade de Letras e é uma das pessoas mais importante dos Estudos Clássicos no Brasil. Finalista do Prêmio Jabuti em 2018 com a tradução do livro Ele que o abismo viu: Epopeia de Gilgámesh (2017), traduziu também, entre muitos outros textos, a Epopeia da criação: Enūma Eliš (2022). Tem diversos livros publicados como O fosso de Babel (1997), Antiga musa: arqueologia da ficção (2005), A invenção do romance (2005), A poética do Hipocentauro (2008), Helleniká: introdução ao grego antigo (2009), Em nome da (in)diferença: o mito grego e os apologistas cristãos do segundo século (2014), entre outros. Publicou também o livro infantojuvenil Por que domingo não se chama primeira-feira? (2022). Entre os seus livros de poemas, estão Mais (um) nada (2020), Harsíese (2023).

Mediação:
Carla Coscarelli - professora titular da Faculdade de Letras da UFMG, atual diretora da Editora UFMG.

Data: 25/3/25

Hora: 13h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços

Sensível, poético, leve e necessário, o espetáculo conta a história de Vitorino, um lavrador do sertão nordestino que se sente envergonhado por não saber ler, nem escrever. Essa realidade muda quando ele é encorajado por uma bancária que lhe mostra ser possível aprender a ler depois de adulto e, então, percebe o quanto a leitura fez e faz falta em sua vida. Nessa jornada para conseguir assinar o seu próprio nome, Vitorino conhece Paulo Freire e começa a ‘enxergar’ e descobrir um novo mundo de possibilidades que a leitura pode lhe proporcionar.

Confesso Escola de Teatro - o grupo montou 64 espetáculos, com direções artísticas de professores da casa e convidados de destaque no cenário teatral. Formou mais de 500 alunos, incluindo atores, diretores, produtores, cenógrafos, iluminadores, técnicos e maquiadores. Essa formação vai além dos palcos, preparando os novos atores para os bastidores da cena.

Data: 25/3/25

Hora: 19h30

Duração: 1 h
Local: Auditório do Centro Cultural UFMG

Jéssica Gaspar, nova promessa da música brasileira, é uma artista multitalentosa que começou sua carreira na CUFA, na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Com um estilo eclético que transita pela MPB e pelo afrohouse, Jéssica já conquistou mais de um milhão de ouvintes no Spotify com o single Brisa, produzido por Maz + Antdot. Recentemente, a artista se apresentou em Portugal, ganhando cada vez mais reconhecimento internacional.

Sua poesia sofisticada e a peculiaridade de sua voz trazem, em suas composições, reflexões profundas sobre ancestralidade, emancipação negra e feminina. A canção “Deus é uma mulher preta” se tornou enredo no carnaval de Salvador em 2020, com o Bloco Ókánbí, e foi traduzida para o inglês e o italiano, sendo incluída em várias pesquisas acadêmicas.

Jéssica já se apresentou em renomados palcos, como o Circo Voador, o Auditório Ibirapuera, a Casa Natura Musical e o FAN – Festival de Arte Negra de Belo Horizonte. Também esteve na Bienal de São Paulo, ao lado do rapper Bnegão. A artista foi convidada a criar conteúdo exclusivo para o programa COLORs, um dos maiores canais de música no YouTube. Em reconhecimento ao seu trabalho, recebeu o prêmio do Instituto Ilú Obá de Min – Educação, Cultura e Arte Negra como uma voz negra necessária para o Brasil no século XXI. Jéssica também é integrante do Afoxé Filhas de Gandhy.

Data: 26/3/25

Hora: 12h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços da UFMG

Leíner Hoki é artista visual, escritora, pesquisadora e arte-educadora popular. Com graduação e mestrado em Artes pela UFMG, atualmente cursa doutorado. Sua dissertação Tríbades, Safistas, Sapatonas do mundo, uni-vos se transformou em livro pela editora Urutau e foi semifinalista do 64º Prêmio Jabuti (2022). Em sua obra, Leíner investiga a poética das lesbianidades, explorando questões filosóficas, políticas e poéticas a partir da arte e da literatura “lésbicas” e de outras identidades, como as de pessoas não binárias e bissexuais. Sua pesquisa aborda temas como marxismo-feminismo, questões raciais, crítica social e decolonialidade, além de revisitar o pensamento de autoras como Adrienne Rich, Monique Wittig e Gloria Anzaldúa. O objetivo de sua obra é refletir sobre a diversidade da experiência lésbica, com um olhar crítico sobre as contradições e pluralidades da sociedade.

Data: 26/3/25

Hora: 13h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços da UFMG

Encruzilhada de mulheres é um espetáculo de contação de histórias para adultos, centrado em cinco mulheres negras. Com estreia na 5ª edição da Segunda Preta em 2018, a apresentação é uma adaptação livre de contos de autores como Nei Lopes, Conceição Evaristo, France Leal, Alice Walker, Mãe Beata de Yemonja e itans da cultura yorubá. A narrativa apresenta mulheres que, diante de momentos-chave em suas vidas, tomam decisões radicalmente transformadoras, quebrando padrões estabelecidos sobre o que significa ser mulher e, mais ainda, ser mulher negra.

Através dessas histórias, a peça oferece uma voz poética e metafórica que atravessa o tempo, mostrando como essas mulheres se reinventam diante da dor, da traição e da opressão. O espetáculo propõe um espaço de reflexão e cura, com o poder de inspirar outras mulheres a se fortalecerem e se libertarem.

Chica Reis - atriz e contadora de histórias. Graduada em Artes Cênicas pela UFMG e mestranda na Faculdade de Educação da UFMG, é especializada em histórias ancestrais diaspóricas e contos afro-brasileiros. Idealizadora e produtora do Embondeiro de Histórias – Encontro Negro de Contadores de Histórias, em Belo Horizonte, Chica também integra o Coletivo Iabás e o Clã Sambadeiras de Minas. Com uma forte conexão com o samba de roda e a tradição afro-brasileira, Chica é uma multiplicadora do Teatro do Oprimido e realiza oficinas de Formação Étnico-Racial.

Data: 27/3/25

Hora: 12h

Duração: 1h
Classificação: 16 anos
Local: Praça de Serviços

Rogério Lopes é um dos grandes estudiosos das máscaras afro-brasileiras, tema de seu mais recente livro. A obra investiga as tradições de mascaramento a partir do conhecimento popular de foliões em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Fidalgo e Matozinhos. Durante a conversa, Lopes abordará a importância das máscaras nas manifestações culturais brasileiras, como nas Folias de Reis, nas Cavalhadas, no Bumba-meu-boi e no Nego Fugido, e como essas tradições podem ser incorporadas de maneira criativa e didática ao teatro.

Rogério Lopes - professor no Teatro Universitário e no Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes da UFMG, Rogério também coordena o Teatro&Cidade – Núcleo de Pesquisa Cênica do Teatro Universitário (TU) e o grupo de pesquisa do CNPq “Africanidades e a Cidade”. Pós-doutor em Educação pela UFOP, com pesquisa sobre educação antirracista nas artes da cena, e obras apresentadas em festivais nacionais e internacionais, ele compartilhará suas experiências como ator e diretor de teatro. 

Mediação:
Tereza Bruzzi

Data: 27/3/25

Hora: 13h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços

Apresentação dos livros:

  • Panorama de la historia del libro y de la bibliografía, dos autores Andre Vieira de Freitas Araujo (UFPR), Diná Marques Pereira (UFMG) e Giulia Crippa (Universidade de Bolonha);
  • Panorama de la encuadernación, de autoria de Ana Utsch (UFMG).

Os livros fazem parte da coleção Breve Biblioteca de Bibliología, primeira produção editorial dedicada aos estudos dos documentos gráficos e criada a partir do esforço coletivo de quatro editoras universitárias latino-americanas: Ediciones Uniandes, Universidad de los Andes (Colômbia); Editorial Universidad de Guadalajara (México); Universidad Nacional de Villa María (Argentina) e Ediciones Universidad Católica de Chile. A Coleção é um projeto de divulgação científica coordenado pela professora Marina Garone Gravier (Doutora em História da Arte pela Universidad Nacional Autónoma de México, pesquisadora do Instituto de Investigaciones Bibliográficas (UNAM).

Saiba mais sobre os livros:
Panorama de la encuadernación: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/livro-de-professora-da-belas-artes-e-da-fale-oferece-um-passeio-pela-historia-da-encadernacao
Panorama de la historia del libro y de la bibliografía: https://www.bu.ufmg.br/bu_atual/noticias/obra-evidencia-indissociabilidade-entre-a-historia-do-livro-e-da-bibliografia/

 

Mediadores:
Fabrício José Nascimento da Silveira e Camilla Maia Camargos

Data: 27/3/25

Hora: 15h

Duração: 2h
Local: Centro Cultural UFMG

Uma das mais aclamadas vozes do samba mineiro, Adriana traz sua verdade em um show que promete encantar e emocionar. Com canções do seu álbum Minha Verdade, Adriana mergulha  profundo em suas raízes, experiências e paixões, trazendo à tona uma jornada de autenticidade e celebração. O show apresentará as canções autorais do álbum, mas também homenageará os grandes mestres do samba, trazendo à vida sucessos imortais que marcam o gênero.

Adriana Araújo - nascida na comunidade da Pedreira Prado Lopes, na região da Lagoinha, berço do samba de Belo Horizonte. Desde cedo, absorveu a rica tradição musical que permeia as ruas e vielas de sua comunidade, cultivando um profundo respeito e amor pelo gênero que se tornou sua paixão e vocação. Ao longo de sua carreira, compartilhou palco com renomados nomes do samba, como Diogo Nogueira, Fabiana Coza, Arlindinho e Jorge Aragão. Em 2021, lançou o LP Minha Verdade, que fala sobre sua história, ancestralidade, empoderamento, amor e representatividade, passando por diversas vertentes do samba.

Data: 28/3/25

Hora: 12h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços da UFMG

O livro "Escola de Belas Artes, UFMG: 65 Anos de ensino-aprendizagem em Artes" ( Ed. Ramalhete, 2024) é fruto de pesquisa de cinco anos de pós-doutorado da pesquisadora Mariana Ribeiro da Silva Tavares junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes (EBA/UFMG). A investigação tem como ponto de partida, o projeto Memória da Escola de Belas Artes, idealizado pela professora aposentada Pompéa Péret que levantou documentos e registrou entrevistas que cobriram os 15 anos iniciais da EBA, de 1957 a 1972. A essa documentação somaram-se novas entrevistas com professores e técnicos, bem como o levantamento de novos documentos, reportagens, textos e imagens que abarcam as décadas seguintes até 2024.

Essa documentação foi a base para a organização e escrita da história da Escola que está entre as instituições de ensino das artes mais significativas do país. O primeiro curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis do país foi criado na Escola de Belas Artes, em 1978, pela professora Beatriz Coelho. A primeira habilitação de Cinema de Animação em universidade brasileira, em 1985, é também da EBA, assim como a primeira Especialização em Estilismo e Modelagem do Vestuário, em 1986, que posteriormente deu origem ao Bacharelado em Design de Moda, em 2009. Implementado em 2006, o Doutorado em Artes é o primeiro de Minas Gerais.

Participantes:

Profa. Mariana Tavares
Profa. Lucia Pimentel
Prof. Evandro Lemos

Data: 19/3/25

Hora: 19h30

Duração: 1h
Local: Conservatório UFMG

Malcom Ferdinand, que nasceu na Martinica, ilha caribenha que segue ainda hoje como território francês, é graduado em Engenharia Ambiental pela University College London (UCL), doutor em Filosofia e Ciência Política pela Universidade Paris VII e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique, atuando no Institut de Recherche Interdisciplinaire en Sciences Sociales (Irisso) da Université Paris Dauphine-PSL (Paris 9). Tem especialização em Engenharia Ambiental e pesquisa a interação entre o colonialismo e as problemáticas ambientais a partir da situação do Caribe. Malcom atua como pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), na França, e no Institut de Recherche Interdisciplinaire en Sciences Sociales (Irisso) da Universidade Paris 9 (Université Paris-Dauphine).

Data: 24/3/25

Hora: 14h

Duração: 1h
Local: Praça de Serviços