Manifesto

Manifesto:  A reinvenção da universidade na contemporaneidade

Este documento é esboço da versão inicial de um Manifesto sobre como gostaríamos de ver a universidade do século XXI . Ele foi construído tendo como base as discussões estabelecidas nos Grupos de Colaboração reunidos no II Congresso de Inovação e Metodologias do Ensino , que ocorreu de 13 a 15 de outubro de 2016, no Campus da Pampulha da UFMG, sob iniciativa do Giz/PROGRAD.

Este esboço será submetido à comunidade acadêmica para sua reelaboração.

Acreditamos ser possível na docência universitária…

– Aceitar riscos e sair de sua “zona de conforto” para inovar o trabalho em sala de aula.
– Guiar os alunos em uma jornada criativa e respeitar o trabalho inovativo em sala de aula.
– Tentar romper com o “status quo” e procurar empoderar os alunos.
– Abrir espaços e condições para que o estudante seja único, autêntico, original, autônomo, inventor e criador, sendo protagonista do próprio processo de aprendizagem.

SEMPRE É POSSÍVEL FAZER MELHOR!

Acreditamos que…

– A democracia e a emancipação são pilares básicos; emancipar o estudante significa colocá-lo no centro do seu processo de ensino-aprendizagem.
– O ensino, a pesquisa e a extensão são pilares que podem ser reinventados constantemente
pelo diálogo, aproximação, acolhimento e pela interdisciplinaridade.
– A formação dos estudantes pode dar atenção à capacidade de análise da realidade de
maneira conectiva, crítica e não superficial, para agir no mundo mediante sua liquidez
contemporânea, tornando-os aptos a se reconfigurarem e se adaptarem às mudanças
pessoais, sociais e profissionais.

Síntese das propostas dos Grupos de Colaboração

Grupo: GC01 – Avaliação da Aprendizagem
Implementar práticas de avaliação da aprendizagem de cunho formativo, incentivando o protagonismo do estudante e sua autorregulação no desempenho na disciplina, no diálogo com o conhecimento adquirido e construído a partir das experiências.

Grupo: GC02 – Flexibilidade Curricular
Para quebrar a verticalidade e centralização do ensino universitário é importante uma maior participação da comunidade acadêmica na construção de projetos políticos-pedagógicos e/ou cursos que permitam uma formação centrada no estudante por meio de uma pedagogia inovadora. Tal pedagogia pode incluir a reflexão crítica, o espírito de pesquisa, o gosto pelo conhecimento e as habilidades e sensibilidade para o bem sucedido exercício profissional, depois de formados. Como quebrar as barreiras epistemológicas que separam as diversas áreas do conhecimento em prol de uma construção curricular conjunta?

Grupo: GC03 – Recursos Educacionais
Incluir recursos educacionais desenvolvidos em parceria com os alunos ou que possam ser (re)construídos pelos próprios alunos (mesmo que parcialmente), de modo a favorecer o envolvimento, o interesse e a motivação dos mesmos em sala de aula.

Grupos: GC04/GC06/GC07 e GC08 – Metodologias
Há uma necessidade de apoiar a prática do ensino e da aprendizagem a partir do suporte a novos paradigmas da didática, que propiciem uma efetiva integração do ensino, da pesquisa e da extensão, sem que uma prejudique ou se sobreponha à outra. Diante a necessidade do produtivismo da academia, muitos acabam colocando o ensino em segundo plano. De que forma, observando-se este cenário, podemos pensar essa tríade de forma igualitária, integrando seus três itens: ensino, pesquisa e extensão? 

Grupo: GC09 – Tecnologias
É preciso repensar os paradigmas educacionais tradicionais e percorrer um caminho não linear, oqual se desvela no cotidiano do sujeito e em suas relações sociais. A universidade deve se adequar ao melhor uso das inovações tecnológicas que estão sendo disponibilizadas para sua utilização no ensino e aprendizagem. A presença das tecnologias nas salas de aula é um caminho sem volta: celulares, aplicativos, redes sociais, internet de fácil acesso; todos esses componentes se manifestam claramente no nosso cotidiano universitário, porém ainda pouco integrados ao ensino. De que forma essa adequação às inovações tecnológicas pode ser realizada? Como trazer esses aparatos para dentro das salas de aula? A integração às inovações tecnológicas pode representar algum risco de dependência dos mesmos?

Grupo: GC10 -Protagonismo do Aluno
Favorecer o protagonismo dos estudantes pelo uso de metodologias ativas, em contextos da sociedade atual, que levem os alunos a agirem de forma colaborativa.

Grupo: GC11/GC012/GC013 – Protagonismo estudantil
É preciso desenvolver as capacidades de raciocínio e o espiríto crítico em uma variedade de formas, utilizando diferentes modos ativos de ensinar e aprender, combinando reflexão e ação.