Ricardo Fabrino defende debate maduro sobre o tema, sem alarmismos

 

A cartilha Inteligência Artificial Generativa no Serviço Público, lançada neste ano pelo governo federal, está alinhada com diversos princípios adotados pela Comissão Permanente de IA da UFMG, como transparência, justiça e respeito aos direitos humanos e às garantias democráticas. A avaliação é do professor Ricardo Fabrino Mendonça, um dos integrantes da comissão, instituída em 2023. 

“Ela também expõe a necessidade de que instâncias diversas da administração discutam seus usos de IA. Entendemos que, nesse processo, precisamos escutar a comunidade universitária de forma mais ampla e pensar as especificidades e dilemas que a IA tem colocado para pesquisa, ensino e extensão em diversas áreas do saber, bem como para a própria gestão universitária. Entendemos também ser necessário manter sempre um espírito crítico, sem cair em alarmismos que impeçam o debate maduro sobre o tema”, afirma Fabrino, que é docente do Departamento de Ciência Política. 

Usem com cuidado!

A publicação do governo federal reúne orientações gerais e lista princípios éticos que devem ser adotados pelas instituições. O documento pode ser acessado neste link.  “A gente sabe que existem muitos servidores públicos usando IA nas suas atividades no dia a dia. O que queremos com essa cartilha é levar a mensagem para os que ainda não estão usando. Que usem, mas tomando os devidos cuidados porque, como a IA é uma tecnologia probabilística, você não tem 100% de certeza do resultado dela”, adverte o diretor do Departamento de Infraestrutura de Dados Públicos, Renan Mendes Gaya Lopes dos Santos.

 O documento foi elaborado com participação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Dataprev, Serpro, Núcleo de IA do Governo, Casa Civil e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 

 

Divulgação/Serpro