Primeiras orientações foram apresentadas nesta sexta-feira em evento on-line; reflexão será levada aos conselhos superiores e convertida em política institucional
A transparência e o uso responsável e ético de ferramentas de Inteligência Artificial nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, e no âmbito da administração da UFMG, foram o mote das recomendações da comissão instituída na Universidade com o intuito de formular propostas para disciplinar o uso dessas tecnologias nas atividades acadêmicas.
O relatório das primeiras discussões da comissão foi apresentado a gestores da UFMG nesta sexta-feira, 3 de maio, na sala de sessões da Reitoria, com transmissão aberta ao público pelo canal da Coordenadoria de Ações Comunitárias (CAC) no Youtube.
“Entendemos que a mera criação de restrições para o uso de IA não é um caminho produtivo. Dizer que não vamos usá-la e impedir os alunos de fazer isso é pouco realista e não aproveita as oportunidades. Temos que criar um caminho para discutir o contexto acadêmico e seu atravessamento por essas tecnologias”, resumiu o professor do Departamento de Ciência da Computação Virgílio Almeida, presidente da comissão, que apresentou algumas das recomendações do grupo para o uso da IA Universidade.
Durante a apresentação, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida enfatizou o pioneirismo da UFMG entre as universidades brasileiras ao propor tal discussão institucional, considerando-a um processo dinâmico, cuja evolução deve ser acompanhada para o estabelecimento de uma governança. “Nossa intenção é apresentar essa reflexão inicial ao Cepe [Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão], ouvir a comunidade e, a partir disso, construir uma resolução com a política de uso da inteligência artificial para a Universidade. Em última instância, nós encaminharemos essa proposta ao Conselho Universitário”, afirmou.
Recomendações