MOVIMENTO DO MOVIMENTO AFIRMANDO DIREITOS: SIM ÀS COTAS RACIAIS!

 

 

 

as pessoas têm direito a ser iguais sempre que a diferença as tornar inferiores, contudo têm também direito a ser diferentes sempre que a igualdade colocar em risco as suas identidades”. Boaventura Souza Santos

 

 

Somos jovens integrantes do Programa Ações Afirmativas na UFMG, Observatório da Juventude da UFMG, Conexões de Saberes e Conexões de Saberes + Escola Aberta,  bem como de cursos pré-vestibulares comunitários, como Educafro, e formamos o MOVIMENTO AFIRMANDO DIREITOS. Somos um coletivo daquelas/es que refletem e defendem as Políticas de Ações Afirmativas para estudantes negras/os. Porque é necessário romper com o silêncio, conformado com o discurso meritocrático, reafirmado por diversas instituições de Ensino Superior em nosso país.

 

Neste momento, nossa pauta é o acesso de negras/os ao ensino superior PÚBLICO! Reconhecemos que Políticas de Ações Afirmativas são mais amplas que as políticas de acesso, mas não se pode negar a demanda pela entrada de jovens negras/os e pobres na universidade.

 

Está na hora de afirmar os direitos do povo negro de nossa sociedade, que historicamente sofre a segregação e é privado, na estrutura social, de ter seus DIREITOS garantidos, em um contexto de desigualdades e de reprodução histórica dessas desigualdades, fundadas em questões étnico-raciais, que vão além das questões sócio-econômicas.

 

Dizemos NÃO ao debate limitado sobre acesso. Setores da UFMG até o momento mantiveram-se afastados das discussões sobre a democratização da entrada das/os jovens negras/os à universidade. Restringiram-se a pensar possibilidades subalternas para estes sujeitos, tais como a inclusão restrita das/os jovens pobres em cursos noturnos, limitando as escolhas e as possibilidades de vivenciarem a universidade em sua multiplicidade. As propostas da UFMG buscam confundir o debate sobre acesso, sugerem que o problema seria apenas de ordem classista, não reconhecendo a realidade étnico-racial excludente.

 

Dizemos SIM ÀS COTAS RACIAIS, porque não acreditamos no mito da democracia racial. A discriminação, racial ou étnica, ocorre combinada com a discriminação de classe, mas não pode ser reduzida a esta, e deve haver medidas específicas para a reparação e garantia de direitos da população negra. Tendo em vista vários dados estatísticos (IBGE, IPEA) que comprovam que a população negra brasileira ocupa um espaço subalterno em relação à população branca de nossa sociedade, queremos um lugar que é de direito: a UNIVERSIDADE! Queremos que as crianças brasileiras tenham, nos próximos anos, referência em profissionais que se assemelham a elas. Queremos que as/os jovens negras/os que sonham em ser médicas/os, artistas, professoras/es, cientistas, engenheiras/os, cientistas sociais, matemáticas/os, dentre outras possibilidades que a UFMG oferece, tenham direito de o serem. Queremos a entrada das/os jovens negras/os e pobres na universidade, AGORA! Queremos alterar o ciclo de construção de saberes hegemônicos, que nega a diversidade dos saberes populares, negando a realidade complexa, plural e diversa da população brasileira! Não dá para segregar mais uma geração!

Queremos:

  • Cotas para estudantes negras/os e estudantes oriundas/os de escola pública.

  • Políticas e investimentos públicos para a permanência das/os estudantes cotistas.

  • Pela inclusão da proposta de cotas raciais na pauta do Conselho Universitário da UFMG.

 

Em tempos de lutas, lutamos sempre.

Se você defende as cotas raciais, afirme este direito conosco: (31) 3499-6188 - Email: afirmandodireitos@yahoo.com.br

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