Grupo de Estudos em Floricultura e Paisagismo oferece aulas para usuários, familiares e cuidadores da instituição

Durante o curso, participantes aprendem diversas áreas de atuação dentro da jardinagem
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

A jardinagem como uma fonte de renda. É o que usuários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), familiares e cuidadores sociais da instituição têm aprendido no curso Jardinagem Empreendedora, oferecido pelo Grupo de Estudos em Floricultura e Paisagismo (GEFLOP), do campus da UFMG em Montes Claros. A atividade reuniu 20 participantes, sendo nove usuários, nove familiares e dois cuidadores. “O curso surgiu a partir de uma demanda da APAE. É um curso para capacitar os participantes a trabalhar com jardinagem tanto com jardim de solo, quanto de vaso, para produção de algum produto ou serviço que gere renda para eles. São 12 semanas de curso, com aulas teóricas e práticas”, explica a coordenadora do GEFLOP, professora Elka Almeida.

Professora Elka Almeida, coordenadora do GEFLOP
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

O curso é realizado no Viveiro de Plantas Ornamentais da UFMG em Montes Claros. Além da coordenadora, participam também a subcoordenadora do GEFLOP, professora Claudinéia Nunes e acadêmicos da Universidade que fazem parte do grupo de estudos. Este é o primeiro curso de Jardinagem Empreendedora oferecido pelo GEFLOP. De acordo com a coordenadora do GEFLOP, a atividade pode vir a ser oferecida a outras instituições.

Vivências

Alunos durante aula sobre Terrários
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

Dentro da APAE, as atividades são divididas em ambiências, que consistem em desenvolver competências, habilidades e atitudes que promovam a autonomia e independência dos usuários por meio de atividades ligadas ao cotidiano sejam elas culturais, sociais ou de lazer. A jardinagem se enquadra da ambiência de Vivências. Para a cuidadora social da instituição em Montes Claros, Ellen Silva Souza, o curso tem sido bastante produtivo. “Vai ser muito interessante para eu trabalhar com os meninos, fazendo plantação, cuidando das plantas na própria APAE. Eu não tinha muito conhecimento nesta área e estou aprendendo muito”, afirma.

A cuidadora social também notou benefícios do curso para os usuários. “Eles têm muita curiosidade, vontade de aprender, força de vontade e podem se tornar empreendedores e garantir uma fonte de renda a partir de uma destas atividades”.

Mãe da Adriely, de 23 anos, Gisely Silva veio com a filha para participar do curso. Para ela, mais que uma nova fonte de renda, a atividade é a oportunidade de contribuir com o desenvolvimento da jovem. “É uma grande oportunidade. Se fosse para a gente pagar, ia ser complicado. É de grande valia para a gente. Está sendo muito bom para a Adriely também porque ela não gosta muito de plantas, mas aqui além de aprender coisas novas, está aprendendo a gostar de plantas”.

Adriely Silva confirma as palavras da mãe. “Eu tô achando tudo muito legal. Já aprendi a produzir flor e vou aprender mais”, conta.

Adrilely Silva e a mãe mostram os terrários feitos durante a aula
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

(Ana Cláudia Mendes I Cedecom UFMG Montes Claros)