Biblioteca disponibiliza obras especializadas impressas e digitais, além de acervo especial que resgata a cultura do sertão

Vista da cidade de Montes Claros (MG). Foto: Lucas Braga/UFMG

Localizada em Montes Claros (MG), cidade polo do Norte de Minas com cerca de 400 mil habitantes, a Biblioteca Universitária José Carlos Valle de Lima –  nome dado para homenagear o doador da área onde foi construído o o campus da UFMG na região – também é conhecida como Biblioteca do ICA – sigla de Instituto de Ciências Agrárias.

A travessia dessa unidade de informação começou na década de 1960 e é marcada pela tradição sertaneja e por acervos especializados nas áreas de Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias e Ciências Sociais Aplicadas.

Recentemente, a qualidade dos acervos oferecidos pela Biblioteca foi um dos quesitos avaliados para que os cursos de Agronomia e Engenharia de Alimentos recebessem a certificação do Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação do Mercosul e Estados Associados (Arcu-Sul). “Na UFMG, o campus Montes Claros foi o primeiro a receber essa certificação e a avaliação positiva dos equipamentos da Biblioteca – que englobam recursos bibliográficos impressos e digitais –, além dos recursos humanos e da estrutura física contribuíram para esse resultado”, destaca Rachel Mota, coordenadora da Biblioteca do ICA.

Acervo tradicional e moderno

A Biblioteca do ICA foi transferida para um prédio próprio em 2006, no momento que o Instituto de Ciências Agrárias ampliava sua área de atuação. Foto: Lucas Braga/UFMG

Além dos mais de 20 mil exemplares de livros impressos, periódicos especializados e outros materiais informacionais, a Biblioteca do ICA, assim como as outras unidades do Sistema de Bibliotecas, também conta com acervo eletrônico. Entre os e-books, está um dos livros mais procurados pelos usuários nessa unidade de informação: ‘Princípios de bioquímica de Lehninger’. ‘Fundamentos de fisiologia vegetal’,  ‘A economia da estratégia’ e ‘Preparo de amostras para análise de compostos orgânicos’ estão entre outros livros eletrônicos de destaque disponíveis com a facilidade de poderem ser acessados por mais de um usuário ao mesmo tempo, com vários recursos de estudo e aprendizado. O passo a passo de acesso às plataformas de e-books está detalhado em notícia do site da Biblioteca Universitária.

Não podemos esquecer de mencionar, ainda, o tradicional ‘Acervo do Sertão’, onde é possível encontrar um variado patrimônio bibliográfico, fílmico e musical sobre temas relativos à botânica, artes, cultura popular, entre outros, possibilitando o resgate da cultura sertaneja. Nas prateleiras da Coleção, destacam-se as obras dos célebres Guimarães Rosa, Euclides da Cunha e Graciliano Ramos. Preciosidades como os discos de vinil dos grupos ‘Agreste’ e ‘Raízes’ e de importantes compositores da região, como ‘Zé Côco do Riachão’, conhecido como o ‘Beethoven do Sertão’, também podem ser apreciadas. Mais informações sobre os acervos e serviços podem ser obtidas no site da Biblioteca do ICA.

Criado na localidade de Riachão, às margens do rio que leva o mesmo nome no Vale do São Francisco, Zé Côco do Riachão, mesmo sendo analfabeto, já tocava e confeccionava violas aos 8 anos. A fama do artista se espalhou e ele ficou conhecido internacionalmente como ‘Beethoven do Sertão’. Foto: Carla Pedrosa / Biblioteca Universitária UFMG

(Biblioteca Universitária da UFMG)