Instituições de ensino fundamental, médio, médio-técnico e superior apresentaram trabalhos com o tema “Águas do Sertão: ciência e cultura para enfrentar as mudanças climáticas”
Com 28 trabalhos inscritos, a Feira de Ciências do Norte de Minas Gerais e Vales do Jequitinhonha e Mucuri reuniu no campus da UFMG em Montes Claros, instituições de ensino do Norte de Minas para apresentação de trabalhos ligados à temática Águas do Sertão: ciência e cultura para enfrentar as mudanças climáticas. O evento, que está em sua 12ª edição, foi realizado nesta sexta-feira, 14. “Nós estamos muito felizes porque nessa 12ª edição os desafios foram muito maiores, mas o espaço está lotado. O nosso objetivo, acredito eu, está sendo alcançado. Nós recebemos, pela manhã, em torno de quase 500 alunos. Na parte da tarde, nós temos em torno de 300 a 450 alunos. Esperamos que estes estudantes estejam saindo daqui felizes”, diz o coordenador da Feira de Ciências, professor Charles Martins Aguilar.

Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG
A Feira de Ciências teve uma programação diversificada. Pela manhã, foram realizadas a mostra científica com trabalhos desenvolvidos em instituições de ensino do Norte de Minas. A Escola Estadual Mamede Pacífico, do município de Engenheiro Navarro, trouxe dois trabalhos para o evento, entre eles “A importância das áreas verdes perante as mudanças climáticas e os objetivos do desenvolvimento sustentável”. “O nosso objetivo aqui é falar um pouco sobre as áreas verdes, qual a importância desses espaços, porque sem as áreas verdes na nossa vida, a gente não consegue viver. E a gente também não pode pensar só na gente, a gente tem que pensar no futuro, nossos filhos, até mesmo nossos pais, avós. E para mim e para os meus colegas é muito importante estar aqui mostrando este trabalho. A escola tem esse projeto de iniciação científica desde 2019 , e esse ano, no segundo ano do Ensino Médio, eu tive o prazer, a honra de estar aqui na UFMG, apresentando esse trabalho tão bonito e importante para a gente”, afirmou a estudante Jennifer Cardoso.

Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG
A Escola Estadual Delfino Magalhães, de Montes Claros, também apresentou dois trabalhos. “Nós desenvolvemos um trabalho de iniciação científica com um grupo voltado pra esse processo de obtenção do hidrogênio através da eletrólise da água. E o nosso segundo projeto é um projeto voltado mais pra um ambiente escolar, que é a reciclagem da tinta para quadro branco. Nós passamos a coletar a tinta das toalhinhas, que a gente faz a limpeza do quadro branco, e fazer a lavagem com álcool, fazer com que esse álcool evapore e a gente obtenha a tinta novamente pra ser reutilizada”, explicou a professora do curso técnico de Química da instituição, Madalena Pimenta.
A docente ressaltou a importância de eventos como a Feira para os estudantes da educação básica. “A gente tem lá da escola, inclusive um ex-aluno, que hoje é um acadêmico aqui da UFMG. Ele teve esse primeiro contato na Feira de Ciências do ano passado, se apaixonou pelo universo da universidade. Então, é extremamente importante essa abertura desse espaço para a escola da educação básica. É fundamental, é extremamente importante. Porque eles se sentem parte e eles querem fazer mais parte ainda. Então, a busca deles por acessar esse ambiente do ensino superior fica muito mais potente neles, muito mais pulsante, eu diria”
Explora UFMG

Foto: Vitória Emanuelly I UFMG
Além das instituições que apresentaram trabalhos, a Feira recebeu ainda visitantes do Explora UFMG, um evento voltado para a apresentação de espaços da UFMG para escolas da educação básica previamente inscritas. De acordo com a organização da atividade, cerca de 800 estudantes participaram das visitas guiadas pelo campus. “Nós estamos recebendo quase 800 estudantes das escolas da região para visitar laboratórios, viveiros, fazenda. Então, assim, esse ano está fenomenal. A gente está muito animado, muito feliz”, afirma a professora Clívia Possobom, também responsável pelo Explora UFMG.
Depois de visitar espaços e laboratórios da unidade acadêmica, os alunos visitaram também a Feira de Ciências realizada no CAAD. Para a supervisora da Escola Estadual Monsenhor Gustavo, de Montes Claros, o evento foi uma grande oportunidade para que os estudantes se aproximassem do universo acadêmico. “Tendo em vista que eles estão conhecendo as profissões e precisam ampliar os horizontes em relação às diversas profissões que eles podem exercer, esta é uma oportunidade riquíssima. Essa visita é um marco interessante para eles, porque eles já começam a vivenciar no campus algo que pode vir a ser praticado num futuro próximo”, destaca Lucimar Rocha.

Foto: Vitória Emanuelly I UFMG
Novembro Negro

Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG
Ainda dentro da Feira, foram realizadas as primeiras atividades do Novembro Negro do campus Montes Claros, com o tema “Expressões Negras em Movimento: Arte, Corpo e Ancestralidade”. Pela manhã, foi aberta a exposição “O Sagrado”, uma mostra de instrumentos e adereços que representam os orixás e a riqueza da cultura afro-brasileira.
Pela tarde, o grupo de Dança Parafolclórica Fitas apresentou o espetáculo de danças regionais que expressam a riqueza das influências afro-indígenas na cultura brasileira.
E uma oficina de Tranças, como um momento de valorização da estética afro e de celebração das raízes culturais.

(Ana Cláudia Mendes I Cedecom UFMG Montes Claros)