Dezesseis trabalhos foram selecionados para a Feira de Ciências
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

No evento, que faz parte da programação da Semana do Conhecimento, tem como tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes, tecnologias”

O Centro de Atividades Administrativas e Didáticas (CAAD) do campus regional da UFMG em Montes Claros foi palco de iniciativas de sustentabilidade desenvolvidas por instituições de ensino da região. Com o tema Biomas do Brasil: diversidade, saberes, tecnologias a 11ª Feira de Ciências do Norte de Minas Gerais e Vales do Jequitinhonha e Mucuri reuniu estudantes e professores na Universidade nesta quinta-feira, 24. Durante todo o dia foram apresentados trabalhos ao público visitante. Ao todo, foram selecionadas 16 atividades. “Este ano, instituições de ensino das cidades de Montes Claros, Pedras de Maria da Cruz, Curvelo e Taiobeiras inscreveram trabalhos. A divisão dos selecionados foi feita da seguinte forma: dois trabalhos do ensino fundamental, oito do ensino médio, dois do ensino médio técnico: e quatro da graduação”, explicou o coordenador da feira, professor Charles Martins Aguilar.

Troca de conhecimento

Alunos da E.E. Presidente Tancredo Neves, de Taiobeiras trouxeram trabalho desenvolvido cultivo do pequi e sustentabilidade
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

Alunos da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves, de Taiobeiras – a cerca de 260 quilômetros de Montes Claros – participaram da feira pela segunda vez. Este ano, a instituição trouxe uma proposta de preservação do cerrado juntamente com a tradição do pequi. Para a professora Flávia Farias Alencar, mais do que apresentar o trabalho, o evento é uma oportunidade para apresentar novas possibilidades aos estudantes. “Este tipo de projeto tira os alunos de sua zona de conforto, para muitos alunos é a primeira vez que estão saindo da cidade. Esta Feira de Ciências mostra a eles que eles são capazes e que eles conseguem tudo o que se propuserem a fazer”.

Alunos da E.E. Delfino Magalhães mostraram álcool 70% produzido a partir da cagaita.
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

Produzir álcool 70% a partir de um fruto do cerrado: a cagaita. Estudantes do ensino médio técnico da Escola Estadual Delfino Magalhães mostraram que é possível. Em um mini laboratório montado no estande da instituição, eles mostraram parte do processo de produção do produto. “Nós trouxemos dois projetos: um mostrando a tecnologia no combate a queimadas no Pantanal e outro que é o uso da cagaita na produção do álcool. Esse álcool produzido é aproveitado na escola mesmo, no dia a dia, em nossas atividades”, explicou a coordenadora do curso técnico em Química, Madalena Pimenta.

Cidade sustentável apresentada pelo Colégio Sesi.
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

O Colégio Sesi, de Montes Claros, apresentou uma maquete de cidade sustentável com geração de energia solar. “Na escola temos um projeto que envolve alunos de todos os anos com propostas de trabalhos. Esta iniciativa do primeiro ano foi uma das que se destacaram, e nós trouxemos para a feira”. Luís Gustavo de Sousa é estudante da escola e, além de apresentar o trabalho, aproveitou para conhecer o que outras instituições trouxeram. “Está sendo uma experiência incrível . Ver experimentos de outros lugares foi surpreendente. E gostei muito da Universidade também”.

A E.E. de Pedras de Maria da Cruz mostrou resultados de estudos sobre a ação do homem na mata ciliar do município.
Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG

A cerca 150 quilômetros de Montes Claros, Pedras de Maria da Cruz também teve representantes na feira.  Alunos do primeiro ano do ensino médio mostraram o resultado de um estudo a respeito das ações antrópicas na mata ciliar do município. “Os registros foram feitos por meio de registro fotográfico e trabalho de campo. Trouxemos uma parte deste trabalho que vai ser concluído a partir da publicação de um artigo científico e uma parte do registro fotográfico”, explicou a professora de Geografia, Andrea Souto. Lucas Gabriel dos Reis é um dos alunos envolvidos no projeto. Para ele, participar da feira foi uma grande experiência. “É muito enriquecedor. É um pouco diferente, uma experiência que foge daquilo que estamos acostumados dentro da escola. Ter esse contato com diferentes pessoas e projetos é uma oportunidade muito boa. Nós conseguimos treinar um pouco de nossas habilidades de comunicação na apresentação do nosso trabalho. Isso nos prepara para o nosso futuro. Quem sabe lá na frente, apresentando um trabalho de conclusão de curso na universidade”.

(Ana Cláudia Mendes I Cedecom UFMG Montes Claros)