Atividades realizadas durante todo o dia contaram com a participação da comunidade externa e acadêmica

Foto: Vitória Ruas I UFMG
A terça-feira começou com a visita de um grupo de 52 estudantes do quinto ano do ensino fundamental da Escola Municipal Egídio Cordeiro Aquino ao campus da UFMG em Montes Claros. Os alunos participaram de algumas das ações do Novembro Negro na unidade acadêmica. Depois de visitarem a exposição “O Sagrado” na biblioteca, eles se dirigiram ao gramado central. A diretora de Políticas de Ações Afirmativas da UFMG, professora Elisângela Chaves, fez a abertura do evento. “Esse envolvimento é a nossa missão enquanto instituição de ensino superior e pública. É o momento em que a gente consegue fazer a extensão do conhecimento e das lutas políticas que o ensino e a educação deve ter em nosso país, principalmente com uma pauta tão importante como é o Novembro Negro e na sua luta antirracista e na perspectiva da inclusão do público das ações afirmativas, de afirmar de fato a presença de pessoas negras, quilombolas, indígenas, PCD’s dentro da universidade. A importância maior da gente receber a comunidade, neste caso crianças da escola pública, é exatamente a gente levar à sociedade a importância dessa valorização”, destacou.

Foto: Vitória Ruas I UFMG
Os estudantes participaram de oficinas no espaço Afroarte Livre: Pintar, Expressar, Viver. O grupo colocou a criatividade no papel e deu vida a desenhos com a temática afro. O professor Welington Coimbra foi o responsável por trazer os alunos ao campus. Para ele, um momento importante para a formação dos estudantes. “Nós vemos a importância de no Novembro Negro de nós pensarmos ações que dialoguem com as infâncias, as infâncias negras para valorização e o pertencimento étnico-racial desde a infância, mas também para estreitar laços entre a escola e instituições de ensino superior, uma vez que estas crianças precisam saber que há na nossa cidade uma instituição pública gratuita com ações que eles podem ter acesso”, afirmou o docente.

Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG
Além das oficinas foi realizada também uma roda de conversa com os estudantes sobre políticas de assistência estudantil. A atividade contou com a participação de acadêmicos de Belo Horizonte. “A gente está fazendo esse intercâmbio trazendo representantes do Centro de Convivência Negra e do Coleki, que é o coletivo de estudantes quilombolas, que vieram conhecer a realidade do campus de Montes Claros como a gente pretende que, futuramente, os alunos daqui também estejam lá conhecendo a realidade do campus em Belo Horizonte. Essa é uma proposta da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis de fortalecer os vínculos entre os estudantes que estão trabalhando nesse processo de inclusão e que estão trabalhando de alguma forma para que isso seja melhorado e que a gente possa ter uma UFMG mais inclusiva, mais sensível e mais acessível”.

Foto: Ana Cláudia Mendes I UFMG
Durante a tarde, foram realizadas uma oficina de tranças, roda de capoeira com o grupo Arundê e oficina de pintura com solo. Um outro grupo de estudantes da Escola Municipal Egídio Cordeiro Aquino participou das atividades. Encerrando a programação do Novembro Negro no campus Montes Claros, foi realizada a roda de conversa “Eu não sou humano? Repensar a vida em um contexto de morte: infância, maternidade e subjetividades negras”, com a jornalista e mestre em Comunicação Social pela UFMG, Talita Vasconcelos.
(Ana Cláudia Mendes I Cedecom UFMG Montes Claros)