Apresentação da iniciativa foi realizada durante o MAPA Conecta Brasil 2025

Foto: Lucas Almeida I MAPA
A startup Long-Term Bio, desenvolvida por uma equipe do campus Montes Claros, venceu o 5º BioInova do Mapa Conecta Brasil. O evento de inovação agropecuária é promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em parceria com a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). A equipe fundadora da startup é composta pelo professor Junio Cota, a pós-doutoranda Sabrina Maiháve e as professoras Elka Almeida e Silvia Nietsche. O MAPA Conecta Brasil foi realizado em Brasília (DF) de oito a 10 de outubro. No último dia, ocorreu o DemoDay BioInova. A startup ficou entre as cinco finalistas, conquistando o primeiro lugar. A Long-Term Bio foi criada a partir de pesquisas desenvolvidas pelo Instituto de Ciências Agrárias (ICA) em parceria com o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, tendo como co-titulares da patente a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e Embrapa. O objetivo da iniciativa é promover a comercialização efetiva de um bioinsumo desenvolvido no campus Montes Claros em parceria com o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. A pesquisa, que propõe o uso de microrganismos para aumentar o shelf life (validade) de flores e frutos e reduzir perdas no pós-colheita, foi o vencedora do prêmio do MAPA em 2024.
O professor Junio Cota, do campus da UFMG em Montes Claros, foi o responsável por apresentar a proposta no evento. “Para uma DeepTech como a nossa, que nasce no ambiente acadêmico, prêmios como o BIOINOVA são um selo de validação fundamental. Ele sinaliza para o mercado, para produtores e para futuros investidores que nossa tecnologia não é apenas cientificamente sólida, mas também possui um modelo de negócio promissor e relevante. Acima de tudo, ele nos dá um impulso imenso de motivação para continuar essa jornada, que é a de transformar anos de pesquisa na UFMG em um produto que irá beneficiar a sociedade, combatendo o desperdício de alimentos e fortalecendo o agronegócio nacional”, afirma o docente.
Estratégia para promover a inovação e sustentabilidade

Foto: Lucas Almeida I MAPA
A necessidade de criação da startup surgiu naturalmente, após a vitória na edição anterior do BioInova, com o bioinsumo para flores e frutos. “O foco da Long-Term Bio agora está na etapa crucial de validação dessa ciência no mercado. A tecnologia, que nasceu de uma pesquisa robusta desenvolvida no campus da UFMG em Montes Claros, está em processo de transferência para a startup. Nosso objetivo com a Long-Term Bio é transformar a ciência de excelência em uma solução comercial eficiente e robusta, testada e aprovada em condições reais de campo, e construir o produto para o lançamento no mercado”, explica Cota.
Atualmente, a Long-Term Bio está em fase estratégica de validação do produto biológico em escala pré-comercial. “Isso significa testar a formulação industrial diretamente no campo, em áreas maiores e em parceria com produtores, para garantir sua eficácia, estabilidade e viabilidade econômica em condições reais. Uma vez concluída essa validação com sucesso, o próximo passo será a captação de investimento para viabilizar o escalonamento da produção e as estratégias de entrada no mercado (fase de tração). É quando passaremos da validação para a comercialização efetiva, levando nossa solução a um número cada vez maior de clientes”, destaca Junio Cota.
(Ana Cláudia Mendes I Cedecom UFMG Montes Claros)