Ai se encontra o ponto de conexão crítica
com os conceitos de colecionismo e conservação
tão caros a uma instituição museológica
como esta. A aquisição, seja por pesquisa,
doação ou opção curatorial
do colecionador-museu, será sempre uma questão
polêmica, sobretudo se temos em conta as mídias,
e os procedimentos contemporâneos com seus diferentes
suportes, que vão do perecível ao virtual.
Da mesma forma, os padrões expositivos institucionais
são colocados em xeque ao incluir a biblioteca
e suas metodologias no circuito da visitação,
sugerindo o deslocamento do público para a
completa compreensão da proposta. Não
é portanto a contemplação a exigência
da obra, mas sim uma atitude curiosa, exploratória
e reflexiva. O diálogo que estabelece com as
outras exposições com as quais divide
espaço no Museu aponta para a diversidade de
opções presentes nesse acervo que, para
cada vizinhança, poderia descobrir novos pontos
de contato.
- Elisa Campos, curadora
de educação do MAP-BH
Mabe Bethônico nasceu em Belo Horizonte, em
1966, onde vive e trabalha.
Esse texto foi originalmente publicado
pelo Museu de Arte da Pampulha em volante acompanhando
a exposição "Mabe Bethônico
e o Colecionador II", em abril-maio de 2002,
e aparece aqui gentilmente cedido com a permissão
do Museu. Copyright Museu de Arte da Pampulha, 2002.
Museu de Arte da Pampulha
Acervo - Mezanino e Biblioteca
03 de abril a 26 de maio de 2002 |