MABE
BETHÔNICO E O COLECIONADOR
da hipertextualidade transposicional à heterogeneidade
hegeliana.
Tivemos
a satisfação de conhecer Mabe Bethônico
em recente sessão inaugural do Curso de Literatura
Comparada, ministrado pela Profª Drª Ivete
Lara Camargos Walty, na pós-graduação
da PUC Minas.
A artista falou-nos,
então, de sua vida e de sua obra, ressaltando
sua relação conflituosa com o seu outro
soi-même, o colecionador, de quem seria, curiosamente,
uma "serviçal".
A obra de Mabe
Bethônico consiste em "um grande arquivo
de imagens e textos retirados de jornais e organizados
de acordo com uma classificação que
parte de quatro grandes temas: Destruição,
Corrosão, Construção e Flores"
.
Em seu contato
com o nosso grupo de pós-graduandos, Mabe fez
uma projeção, em vídeo, de "Mulheres
e destruição", subtema de "Destruição".
É disso que nos propomos falar, a seguir.
Associando ao
repertório de recortes fotográficos
"Mulheres e destruição" -
objeto da ordem do lamentável - uma música
de pungente lamento, instrumental e vocal, a artista
compõe uma espécie de sinestesia vídeo-auditiva,
ampliadora da dimensão de dramaticidade que
se depreende, em primeira mão, das imagens,
e, em mão dupla, da combinação
imagens-música. |