UFMG lança de banco
de dados sobre sua produção científica 18/11/2003
Ana Rita Araújo A UFMG é a segunda
maior instituição federal de ensino superior do país em número
de artigos científicos citados pelo Institute of Scientific Information
(ISI), um dos principais indexadores internacionais da produção
acadêmica. Os cerca de 4.500 artigos da UFMG indexados pelo ISI entre 1995
e 2002, representam 54% de toda a produção acadêmica mineira
no período.
Dados como estes, que atestam a qualidade da pesquisa
desenvolvida na UFMG, estão consolidados em um banco de informações
que a Pró-Reitoria de Pesquisa acaba de lançar em sua página
eletrônica. O levantamento traz informações sobre número
e produtividade de grupos de pesquisas, inserção da Universidade
no contexto de Ciência e Tecnologia do país e resultados relevantes
obtidos nos últimos anos, como o registro de patentes nacionais e internacionais.
O banco de dados, que substituem os antigos catálogos em papel, permite
a atualização dos indicadores a qualquer momento.
"Além
da abrangência e relevância, a pesquisa na UFMG apresenta notável
progresso em todos os seus indicadores", diz o pró-reitor de Pesquisa
da Universidade, José Aurélio Bergmann. Ele afirma que a UFMG tem
conseguido, com políticas adequadas, vencer as dificuldades experimentadas
nos últimos anos: "São problemas que resultam das perdas de
recursos humanos qualificados, provocadas pelas aposentadorias, e da irregularidade
e insuficiência de recursos de fomento à pesquisa". Indicadores A
UFMG possui 516 grupos de pesquisa consolidados, que congregam 2.362 professores
em oito áreas do conhecimento. Destes, 433 (28%) possuem Bolsa de Produtividade
em Pesquisa do CNPq, índice que também evidencia a qualidade do
trabalho aqui desenvolvido. Segundo Bergmann, enquanto o número de bolsas
do CNPq cresceu 10%, a UFMG obteve um acréscimo de 24% no número
de professores- doutores que obtiveram bolsas de Nível I daquela agência
de fomento. "Isto demonstra o peso da produção na UFMG, pois
a distribuição das bolsas tem o mérito como critério",
assegura.
O banco de dados da PRPQ traz tabela com distribuição,
por unidade acadêmica da UFMG, dos docentes que trabalham com bolsas de
produtividade no CNPq. Destacam-se a Escola de Veterinária, com 47% dos
contemplados, seguida pelo Instituto de Ciências Biológicas (44%),
Faculdade de Ciências Econômicas (40%), e Instituto de Ciências
Exatas (37%). Outra tabela distribui os bolsistas por área de conhecimento
- Ciências Agrárias; Biológicas; Exatas e da Terra; Humanas;
Engenharias; Lingüística, Letras e Artes; Ciências da Saúde;
e Ciências Sociais e Aplicadas.
O resultado da alta produtividade
docente também pode ser confirmado pelos dados da produção
bibliográfica. "A produção científica por docente
com dedicação exclusiva apresentou forte evolução,
passando de 2,73 publicações/docente, em 1995, para 3,72 em 2001",
informa Bergmann. Nesse período, foram publicados cerca de 39 mil trabalhos. Patentes A
partir de 1995, a UFMG passou a adotar políticas de indução
de patentes, estimulando seus pesquisadores a identificar, entre os resultados
de seu trabalho, produtos e processos patenteáveis. A Universidade institiui
normas e diretrizes e criou a Coordenadoria de Transferência e Inovação
Tecnológica (CT&IT), escritório de apoio técnico, logístico,
jurídico e financeiro ao processo de registro de patentes.
"Como
resultado dessas ações, a Universidade depositou, nos últimos
anos, 104 pedidos de patentes nacionais e 20 internacionais", informa o pró-reitor.
De 2001 até hoje, nove cartas patentes foram obtidas, entre as quais sete
internacionais - duas na Austrália e cinco nos Estados Unidos.
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