O Novembro Negro UFMG 2021 chega colocando o “corpo no mundo”. 

Em um momento de articulações políticas pela reafirmação, consolidação, e ampliação de políticas de Ações Afirmativas, a valorização de epistemologias negras se torna essencial  nas universidades e demais espaços da vida social.

Neste ano, rememoramos os 20 anos da III Conferência Mundial contra o racismo, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Durban – África do Sul, quando países de todos os continentes reconheceram internacionalmente a existência e o impacto do racismo nas sociedades. Como resultado direto dessa participação internacional, surge o compromisso de adotar medidas para reparação e superação do racismo, sendo as políticas de ações afirmativas de cunho racial fruto direto dessa nova perspectiva de mundo a ser construído.  

Nesse aspecto, outro importante marco foi a promulgação, em 2012, da Lei 12.711, conhecida como lei de cotas. Uma política pública de ação afirmativa que tem promovido a progressiva democratização do acesso ao ensino superior e garante a inclusão de pessoas negras, indígenas e com deficiência entre o corpo discente. Essa importante política tem previsão de ser reavaliada em 2022, quando se completam dez anos da publicação da Lei. 

As atividades do Novembro Negro UFMG 2021 são oportunidades para construirmos reflexões sobre a importância das Ações Afirmativas: consolidar as políticas já existentes e ampliar para outros grupos destinatários. Afinal, diferentes saberes e práticas determinam diferentes formas de ser e produzir de conhecimento.