O Centro Cultural UFMG promove, no período de 16 de outubro a 6 de novembro, a oficina Poéticas da Xilogravura, ministrada por Mariana Discacciati e Tales Bedeschi. As aulas acontecem sempre às terças e quintas, das 18h30 às 21h30, na sala 5 do Centro Cultural UFMG. As vagas são limitadas e a taxa de inscrição é de R$ 70. A xilogravura nada mais é que a gravura em madeira. Inventada no século XV por Gutenberg, formou, junto com a prensa, o mecanismo responsável pela disseminação de saberes, da escrita e da imagem no Ocidente. Os livros, que antes eram copiados a mão nos monastérios, passaram a ser reproduzidos por meio do processo da gravura. Numa placa de madeira, o tipógrafo gravava todo o texto de uma página e a imprimia quantas vezes fossem necessárias, em processo similar ao do carimbo. No Brasil a xilogravura desenvolveu-se principalmente em torno da literatura de cordel, difundida no Nordeste brasileiro. Esse tipo de literatura é marcado pela métrica simples e arrojada do trovador, feita para ser cantada. Com o tempo as histórias passaram a ser impressas em folhetos rústicos e expostas em cordéis para a venda. A proposta da oficina é promover o acesso à literatura de cordel, em especial à produção de Olegário Alfredo, o Mestre Gaio, cordelista do norte de Minas, e Patativa do Assaré, grande poeta cearense; além de José Pacheco, Zé da Luz, dentre outros mestres da nossa cultura. A partir de leituras da obra desses artistas populares, os alunos entrarão no universo da xilogravura, numa proposta de ilustrar as poesias populares, cantadoras da verdade histórica no Brasil. Numa união de poema cantado e desenho gravado, serão montados cordéis bem à moda nordestina. As inscrições devem ser feitas pessoalmente, na secretaria do Centro Cultural, situado à Avenida Santos Dumont, 174, Centro de Belo Horizonte. Outras informações podem ser acessadas pelo endereço site.