O reitor da UFMG, Ronaldo Pena, e a vice-reitora, Heloísa Starling, estão reunidos, neste momento, com um grupo de cerca 100* (leia errata ao final da matéria) estudantes que protestam contra a ação da Polícia Militar no campus Pampulha, na quinta-feira, 3 de abril, durante a exibição do filme Grass/Maconha no Instituto de Geociências (IGC). Os manifestantes cobram uma posição da direção da Universidade sobre a entrada da PM no campus. Os protestos começaram ao meio-dia de hoje, em frente à Reitoria, e culminaram na invasão do prédio pelos estudantes, por volta das 14h. Na reunião com os manifestantes, realizada no auditório da Reitoria, Ronaldo Pena reiterou a posição da UFMG, já divulgada em comunicado na sexta-feira, de repúdio a qualquer tipo de violência na Universidade. "Nós nos sentimos insatisfeitos e somos contrários ao fato ocorrido na quinta-feira", afirmou o reitor aos estudantes. Heloísa Starling disse que a entrada dos policiais no campus não teve autorização da Reitoria, conforme o comando da PM já havia reconhecido. Na sexta-feira, a vice-reitora criou uma comissão de sindicância que vai apurar os fatos ocorridos no IGC e determinar de quem partiu o chamado para a ação da polícia. Diante das críticas dos estudantes à parceria da UFMG com a PM para a vigilância do campus Pampulha, Ronaldo Pena disse o objetivo do convênio é resguardar a integridade das pessoas, e não favorecer o confronto com alunos ou qualquer integrante da comunidade universitária. Na reunião no auditório da Reitoria, o reitor, a vice-reitora e a diretora do IGC, Cristina Augustin, respondem perguntas dos alunos sobre os incidentes. Reivindicações Representantes do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh) estão no local para participar da negociação entre estudantes e a direção da UFMG. A entidade defende uma saída que não inclua a ocupação do prédio pelos estudantes. O sindicato publicou nota em seu site sobre os episódios de quinta-feira, no IGC. * Erramos: Esta informação está incorreta. O número correto de pessoas presentes à esta assembléia, realizada durante à tarde de segunda-feira, dia 7 de abril, foi de mais de 300 pessoas. A capacidade do auditório da Reitoria é de 270 pessoas (assentadas) e durante a audiência pública, haviam estudants assentados no chão, junto às fileiras das cadeiras, e outros que não conseguiram entrar no interior do auditório por este estar repleto. Outras informações:
Antes da reunião com a direção da Universidade, Glória Trogo, integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), afirmou que as principais reivindicações dos estudantes são o fim da presença da Polícia Militar no campus Pampulha, a punição dos responsáveis por permitir a ação da PM na quinta-feira e a extinção dos processos administrativos contra alunos da UFMG que participaram de manifestações anteriores na Universidade.
Estudantes continuam no prédio da Reitoria
Estudantes realizam manifestação no campus Pampulha
COMUNICADO DA REITORIA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA
Reitoria cria comissão para apurar presença da PM no Instituto de Geociências