O Café Controverso deste sábado, dia 23 de maio, receberá a artista plástica Yara Tuyinambá e o diretor do Centro Cultural UFMG e professor da Escola de Belas-Artes, Rodrigo Vivas, para discutir a história da Arte Contemporânea em Minas Gerais. Os convidados mobilizarão reflexões sobre os limites, as vias de produção e circulação, e a memória da Arte Contemporânea no estado. O evento acontece às 11h, na Cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG e tem entrada gratuita.
A trajetória de Yara Tupynambá está intimamente ligada à construção da memória artística do estado, sendo reconhecida nacional e internacionalmente por trabalhar com destreza e variedade de técnicas os temas de Minas Gerais. Gravadora, desenhista, muralista e professora aposentada da Escola de Belas-Artes da UFMG, Yara critica a efemeridade das produções contemporâneas: "No debate vou falar sobre a provisoriedade das coisas. Parece ser uma característica da contemporaneidade, mas, me questiono se é mesmo e até onde isso vai nos levar. Como fica a memória disso tudo? Pensando em uma exposição, por exemplo, dizer que as fotografias tiradas dela são o mesmo que a obra é mentira. Além disso, vou tratar também da influência do modismo e do consumismo na arte, sobre o caráter de impermanência das obras."
Curador de diversas exposições e autor do livro "Por uma história da arte em Belo Horizonte", Rodrigo Vivas tem uma posição crítica sobre o cenário artístico atual e levará ao debate alguns de seus questionamentos. "Minha intenção é colocar algumas provocações importantes para o público. A primeira delas seria discutir o que propriamente pode ser entendido como Arte Contemporânea. Será que estamos falando de uma forma artística ou de uma temporalidade? A segunda, é pensar como a Arte Contemporânea lida com o passado e a tradição. Quando falamos de Arte Moderna, por exemplo, podemos observar uma ligação muito forte com a tradição, por mais que se buscasse romper com ela. Já a Arte Contemporânea é diferente. É como se não reivindicasse um lugar para memória. Aliado a isso, podemos questionar onde essa Arte se situa. Será no museu? Na televisão, no dia a dia? Se uma das reivindicações era aproximar a arte do cotidiano, em que a Arte Contemporânea se diferencia dele?", questiona.
Exposição de Yara Tupynambá na Fachada Digital
Para além da participação no Café Controverso de sábado, Yara Tupynambá também expõe seus trabalhos no Espaço do Conhecimento UFMG. Até o dia 21 de junho, a Fachada Digital do museu receberá a exposição Reservas Ecológicas de Minas Gerais, levando para a Praça da Liberdade projeções de pinturas da artista que retratam a riqueza natural de reservas ecológicas do estado. A série, produzida a partir de um convite da Universidade de Notthingham (Londres), será exibida pela primeira vez em Minas Gerais. Assim como o Café Controverso sobre Arte Contemporânea, a estreia da exposição na Fachada Digital faz parte da programação do Museu na 13ª Semana Nacional de Museus, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM.
Serviço:
Café Controverso - Arte Contemporânea
Data: 23 de maio, às 11h
Local: Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700
Entrada franca
Assessoria de imprensa do Espaço do Conhecimento UFMG (31) 3409-8366
Grupo realiza feira de adoção de gatos na UFMG
UFMG promove evento sobre educação a distância e software livre
Centro Cultural UFMG realiza lançamento do livro de Rodrigo Vivas
Abertas inscrições para mestrado e doutorado em Sociologia da UFMG
UFMG realiza mesa redonda sobre acessibilidade nos meios de comunicação
Centro Cultural UFMG apresenta “Um solo autoral” com Jéssica Nunes
Professor da UFMG fala sobre a ‘nova barbárie’ em ciclo de conferências