Universidade Federal de Minas Gerais

UFMG, promove simpósio para abordar geologia na Serra do Espinhaço

27 de agosto de 2015

Agência de Notícias UFMG

O Centro de Geologia Eschwege, vinculado à UFMG e fundado há 50 anos, vai realizar, de 24 a 26 de setembro, em Diamantina, o Simpósio Geologia do Espinhaço. O evento científico, de caráter internacional, vai homenagear o professor Reinhard Pflug, fundador do instituto.
O simpósio – que será sediado no Instituto Casa da Glória, onde fica o Centro Eschwege – visa relembrar o ponto inicial das pesquisas geológicas na Serra do Espinhaço, resultado de cooperação técnico-científica entre Brasil e Alemanha, e discutir os avanços ao longo das últimas cinco décadas.

Estão confirmadas as presenças de representantes das agências de fomento à pesquisa dos dois países. São esperados 200 participantes e 50 contribuições científicas. Resumos de trabalhos podem ser enviados até 7 de setembro. As inscrições devem ser feitas pelo site do simpósio (http://www.csr.ufmg.br/geoespinhaco/), onde a programação também pode ser consultada.

O evento tem apoio do Instituto Casa da Glória, do Instituto de Geociências da UFMG (IGC), do Instituto de Geociências da UnB e do curso de Engenharia Geológica da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Outras informações podem ser obtidas pelo endereço sec.simposiogeologia2015@gmail.com.

O Instituto e o Centro

Instituto Eschwege foi o nome inicial do Centro de Geologia Eschwege, espaço que é referência no ensino de mapeamento geológico. Mantido inicialmente com recursos financeiros do governo alemão, o Instituto funcionou na casa da Rua Direita, 36 (ao lado do Museu de Diamante). Em 1972, foi adquirida a casa da Rua Silvério Lessa. Em 1978, quando cessou a subvenção alemã, a UFMG adquiriu os dois casarões interligados pelo passadiço para a instalação do Instituto Eschwege, que passaria então a se chamar Centro de Geologia Eschwege (CGE). O Centro desempenha papel fundamental para a formação de centenas de geólogos brasileiros e para a realização de mais de sete dezenas de teses de doutoramento e dissertações de mestrado defendidas em universidades brasileiras e alemãs.

O fundador

Nascido em 1932, Reinhard Pflug graduou-se em Geologia na Universidade de Bonn, onde também se tornou doutor em Ciências Naturais. Em 1960, tornou-se professor da Escola Nacional de Geologia do Rio de Janeiro (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde permaneceu até 1964. Pflug realizou pesquisas no sul do Brasil e no oeste mineiro, mas foi na Serra do Espinhaço meridional que desenvolveu estudos sistemáticos em mapeamento geológico para resolver problemas de natureza sedimentológica-estratigráfica e estrutural. Pflug encontrou, em Diamantina, condições materiais e humanas para dar suporte a sua almejada sede de campo. A experiência de Pflug no território mineiro, o apoio que sempre obteve do Departamento Nacioonal de Pesquisas Minerais (DNPM) e de geólogos de renome e seu status acadêmico em Heidelberg contribuíram para convencer os governos alemão e brasileiro sobre a pertinência de um projeto de colaboração entre os dois países para dar continuidade às pesquisas geológicas na Serra do Espinhaço.

Porção meridional

Diamantina está localizada na porção meridional da Serra do Espinhaço e apresenta altitude média de 1.280 metros. Emoldurada por uma paisagem rupestre, o antigo arraial do Tejuco foi fundado em decorrência da descoberta do ouro e do diamante. A estrutura geológica condicionou uma topografia movimentada que abriga cachoeiras e campos rupestres reconhecidos pela diversidade biológica. Diamantina é um Patrimônio Mundial reconhecido pela Unesco desde 1999 e integra a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, certificada em 2005. A riqueza dos diamantes possibilitou a construção de um patrimônio arquitetônico responsável pela atração de visitantes interessados pelo conjunto colonial barroco.

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