Agência de Notícias da UFMG
Em encontro com jornalistas de veículos mineiros realizado na manhã de hoje, 28 de agosto, o reitor Jaime Ramírez fez uma avaliação do início do segundo semestre letivo na UFMG. “As aulas começaram de forma satisfatória, ainda que o ritmo não seja normal”, afirmou, referindo-se à interrupção de serviços provocada pela greve dos servidores técnico-administrativos – que completou três meses – como os de biblioteca, colegiados e algumas atividades de laboratório que necessitam da presença de técnicos. As aulas iniciaram-se no dia 24 de agosto, atraso de três semanas em relação ao calendário original.
De acordo com o reitor, apenas as atividades práticas do curso de Odontologia não recomeçaram. “Mas já há um entendimento em relação à retomada das aulas práticas para encerrar o primeiro semestre e ajustar o calendário do segundo”, disse o reitor, lembrando que as aulas teóricas do curso estão sendo ministradas normalmente. “Com exceção do curso de Odontologia, encerraremos o semestre em 22 de dezembro”, afirmou o reitor.
Durante a entrevista coletiva, Jaime Ramírez também analisou o ajuste orçamentário que a UFMG terá de executar até o fim do ano. Os detalhes da proposta foram apresentados na semana passada em reuniões com dirigentes de várias instâncias acadêmicas.
Ele considerou acertada a decisão de preservar as bolsas financiadas pela instituição (monitoria, tutoria e extensão) e os recursos de custeio das unidades acadêmicas do corte de R$ 50,7 milhões, de um total de R$ 263 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada para 2015. Mesmo assim, lembrou Ramírez, a UFMG precisa de R$ 22,8 milhões para fechar o ano com todas as contas em dia, o que inclui o pagamento de serviços como os de água e energia.
“O governo está ciente dessa necessidade, e a comunidade, informada. Todos os ajustes de gastos necessários foram feitos. E esperamos que, até o fim do ano, nossas demandas sejam atendidas”, disse o reitor, lembrando que, para garantir o orçamento de custeio das unidades acadêmicas, a UFMG optou por efetuar um corte de 16% no custeio dos setores da Administração Central.
Obras e fundos
O corte dos recursos de capital (investimentos), por sua vez, chega a 50%, o que provocou a paralisação de 12 obras: a construção do Centro de Atividades Didáticas de Ciências Exatas (CAD3), da Unidade Administrativa 5, da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT), dos anexos da Faculdade de Educação, da Escola de Música, do Departamento de Química, de Aulas Práticas do ICB, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, as reformas da Escola de Belas-Artes, da Fafich e da Fale e a ampliação da moradia universitária no bairro Ouro Preto.
Jaime Ramírez também mencionou a criação de dois fundos emergenciais que a UFMG instituiu para atenuar os impactos do contingenciamento de recursos sobre as áreas de graduação e pós-graduação. A cada um foi destinada a quantia de R$ 2 milhões, que será usada para custear despesas da rotina acadêmica, como pagamento de passagens para integrantes de bancas examinadoras de teses (pós-graduação) e custeio de atividades de campo ou de laboratório que exigem a compra de insumos (graduação).
O vídeo com trecho da coletiva do reitor da UFMG está em
https://www.ufmg.br/online/arquivos/039822.shtml
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