Polo Jequitinhonha UFMG

 

Mostra Virtual 2020. Bordadeiras do Curtume. Acervo Programa Polo UFMG

Criado em 1996, o Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha é um programa interdisciplinar cujas ações têm como objetivo o reconhecimento da cultura e a promoção da cidadania e do desenvolvimento socioeconômico local.

As ações são realizadas por professores, servidores e estudantes da UFMG junto com moradores do Vale e, ao longo do tempo, ocorreram por meio de 120 projetos em sete frentes: educação, desenvolvimento regional e geração de renda, cultura, direitos humanos e meio ambiente, comunicação e saúde

Ao privilegiar os saberes locais e a mobilização dos moradores, importantes para o desenvolvimento da região, o Polo cria laços, dos quais os projetos, os integrantes e os parceiros fazem parte.

 

Conheça

Em 1996, vinculado à Pró-reitoria de Extensão (Proex), nasce o Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, com o intuito de articular as iniciativas de desenvolvimento regional da Universidade Federal de Minas Gerais na Região.

A UFMG recebia demandas frequentes de vários municípios do interior de Minas Gerais. Porém, era perceptível que medidas isoladas não transformavam a estrutura socioeconômica de regiões menos desenvolvidas. A proposta para a constituição de um programa do Polo que tivesse função agregadora de projetos foi viabilizada a partir de edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O Programa procura conceber uma articulação local na qual os próprios moradores do Vale do Jequitinhonha possam construir mudanças sociais. Preocupa-se em alocar a população como sujeitos ativos que edificam projetos em conjunto e, dessa maneira, proporcionar uma troca horizontal de ensinamentos e práticas culturais efetivamente interdisciplinares e transdisciplinares.

Considerando que não existe desenvolvimento econômico sem reformas estruturais que consigam distribuir renda, poder e informação, o Polo se empenha para construir coletivamente o desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha.

Os eixos são conduzidos entre a extensão, a pesquisa e o ensino da graduação e da pós-graduação. Para isso, são buscadas parcerias com pró-reitorias da UFMG, demais instituições de ensino superior, secretarias do estado, programas governamentais e associações.

Rio Lilás: a gestão das águas pelas mulheres - identidade, capacitação e integração
O projeto, com apoio do Gabinetona, possibilita a participação futura das mulheres, de forma qualificada, nos três comitês mineiros de gerenciamento da bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha e em comitês baiano e federal.

Fórum da Mulher do Jequitinhonha
Evento anual que, durante dois dias, reúne grupos e associações de representações femininas que atuam no Vale do Jequitinhonha. O objetivo é promover discussões que abordam temas essenciais sobre a vivência, dificuldades, possibilidades, conflitos e esperanças das mulheres do Vale e das representações femininas na região.

Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG
A Feira está em sua 23ª edição e acontece anualmente na UFMG, a fim de divulgar o trabalho das associações de artesãos de municípios do Vale. Desde os anos 2000, vem possibilitando a ampliação das possibilidades de negociação dos produtos e a troca de experiência entre artesãos, comunidade universitária e o público.

Centro de Memória Cultural e Artística de Turmalina
O projeto conta com uma rede de participantes composta por turmalinenses, professores, técnicos e alunos da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri, a fim de promover a guarda adequada de um grande acervo de bens culturais do município de Turmalina.

Coleção institucional Programa Polo Jequitinhonha na Biblioteca Universitária da UFMG
A coleção física de livros do Polo Jequitinhonha UFMG foi transferida para a Biblioteca Central e agora está disponível para consulta da comunidade no Sistema de Bibliotecas da universidade.

Comunicação e Juventude Quilombola no Vale do Jequitinhonha: Memória, Identidade e Autonomia (Projeto de Alessandro Borges de Araújo – Alê do Rosário)

O projeto, viabilizado pelo gabinete da Deputada Áurea Carolina, teve como objetivo capacitar jovens quilombolas das cidades de Berilo, Chapada do Norte e Francisco Badaró, utilizando linguagens comunicacionais capazes de criar iniciativas e dinâmicas que fortaleçam sua identidade, resgatem memórias, tradições e valores de suas respectivas comunidades, além de proporcionar-lhes autonomia narrativa e social.

Suporte de Comunicação do Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha

O projeto tem como objetivo assegurar a integração entre os diversos projetos que compõem o Programa Polo, desenvolver fluxos de comunicação dinâmicos que permitam o relacionamento eficaz entre os diferentes públicos do Programa e auxiliar projetos relacionados ao Vale na busca por visibilidade.

Informações sobre os projetos:
Site do Polo

Se você fizer uma rápida pesquisa no Google sobre Vale do Jequitinhonha, vai encontrar uma região com os menores índices de desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Também vai perceber que grande parte de sua população vive em extrema pobreza. Verá fotos de seu meio ambiente, sistematicamente agredido pelas atividade mineradoras, de carvoaria e o uso indiscriminado do fogo pela agricultura familiar. É por tudo isso que o Jequitinhonha também é conhecido por muitos como o Vale da pobreza.

Mas este mesmo lugar tem outra cara, que não é de pobreza. Tem música, verso e viola. São notórias e inegáveis as riquezas de lá, entre elas o subsolo, promissor em recursos minerais. Seu patrimônio histórico-cultural é referência para Minas Gerais e para o Brasil, bem como o seu artesanato, muito diversificado e com técnicas consideradas patrimônio cultural.

Conhecido por seus atrativos turísticos, essa região no Nordeste de Minas Gerais está conformada por 55 municípios, organizados nas microrregiões do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. O Vale é considerado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como uma das 12 mesorregiões do estado. Isso significa que essa área tem similaridades econômicas e sociais que a diferencia de outras. Particularmente, esse território representa 14% do estado.
A região, banhada pelos 50 mil Km² do rio Jequitinhonha, é lar de mais de 950 mil brasileiros, dos quais dois terços vivem na zona rural, segundo dados do último censo do IBGE. O Vale do Jequitinhonha é dividido em três microrregiões: Baixo, Médio e Alto Jequitinhonha. O Baixo Jequitinhonha compreende a microrregião de Almenara, a mais próxima do Estado da Bahia, enquanto o Médio abrange as regiões de Pedra Azul e Araçuaí. Por fim, mais próximo da Região Metropolitana de Belo Horizonte, há o Alto Jequitinhonha. que reúne as microrregiões de Diamantina e Capelinha, donas de indicadores sociais mais profícuos.

Compreender a forte herança indígena no Vale não é uma tarefa complicada: a palavra Jequitinhonha, no dialeto dos maxacalis, corresponde a um“rio largo e cheio de peixes”. Entre os povos indígenas dessa rica região, estão, segundo o IBGE, os Aranãs, Pankararus e Pataxós, além da forte presença de povoações quilombolas, tais como Gravatá, Cruzinha, Catitu do Meio, Rosário e Mutuca.

Foto: Plano de Desenvolvimento para o Vale do Jequitinhonha – Fundação João Pinheiro/Reprodução

Difícil não perceber a vasta e belíssima cultura desse lugar, expressada das mais diversas formas, ora pela artesanato e pelas músicas, ora pelas festas. Assim, celebrações regionais como a Festa do Congado de Chapada do Norte – patrimônio cultural do Estado de Minas Gerais – e a Festa do Rosário são apenas alguns exemplos vivos que compõem parte da identidade do Jequitinhonha. Identidade essa bastante plural, que vai dos violeiros e das peças de cerâmica e barro até os festivais de cultura popular, como o Festivale, um dos maiores do Brasil.

Como duas caras da mesma moeda, o Vale do Jequitinhonha também tem ambivalências. A região ainda precisa se desenvolver, solucionar questões já sanadas por outros municípios e ser mais reconhecida para além do estigma. Logo, a fim de que ele ocupe não apenas o coração da cultura mineira, como também conquiste avanços sociais e econômicos, é importante conhecer melhor essa terra, valorizando as tradições e as potencialidades de desenvolvimento.

[Fonte: site do programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha]

Conheça a equipe no site do Programa:
https://www.ufmg.br/polojequitinhonha/o-polo/equipe

 

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O Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha mantém uma biblioteca digital com 71 itens, distribuídos entre livros, boletins, vídeos e áudios.
O acesso ao acervo é aberto e permite compartilhamento.

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Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha
Prédio da Biblioteca Central – Procult – 4º andar
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Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha – Belo Horizonte – MG – CEP 31270-901

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