Estreou ontem, 28, na Biblioteca Central, a exposição Gibis, de livros de artistas que contêm personagens ou elementos das histórias em quadrinhos (HQs), como balões de diálogos e onomatopeias gráficas.
Os livros reunidos na mostra pertencem à Coleção Livro de Artista, da UFMG, e ao artista Amir Brito Cadôr, que é professor do Departamento de Desenho da Escola de Belas-Artes e curador da exposição.
Gibis fica montada até 22 de dezembro e pode ser visitada de segunda a sexta, das 8h às 22h, na Divisão de Coleções Especiais e Obras Raras, que fica no 4º andar da Biblioteca Central. Informações sobre a mostra podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-4615.
No Brasil, o termo “gibi” tornou-se sinônimo de revista em quadrinhos no fim dos anos 1930, com o advento de uma revista com o mesmo nome. Com o tempo, o modelo deixou de remeter exclusivamente ao universo infantil para alcançar o público adulto – especialmente a partir dos anos 1960 e 1970.
“Com o movimento de contracultura, que rompeu com a distinção entre cultura de massa, cultura popular e cultura erudita, alguns elementos básicos do que constitui as histórias em quadrinhos – como sequência, narrativa gráfica, movimento, tempo – acabaram sendo incorporados pela arte contemporânea e ganhando destaque nela”, explica Amir Brito Cadôr. Para o professor, isso é particularmente verdadeiro nos livros de artista.
A Coleção Livro de Artista da UFMG é a primeira do gênero sediada em uma universidade pública no Brasil. Livros de artista são obras de arte concebidas na forma de livro – ou com aspectos que remetem a um. Nessa perspectiva, o livro se apresenta como suporte para a criação artística.
