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DADOS TÉCNICOS:

Responsável(s):

Maria Aparecida Moura – CPINFO, Belo Horizonte, Brasil.

Data e local: Belo Horizonte, Segunda-feira, 23 de agosto de 2010.

Contato: ddc-cpinf@proex.ufmg.br

Realização e disponibilização online:

Maria Aparecida Moura (CPINFO/UFMG)

Andréa Ferreira Souto (CPINFO/UFMG)

Renato Pedrosa (TV UFMG/UFMG)

Julius (Núcleo WEB/CEDECOM/UFMG)

Helton Santos (Núcleo WEB/CEDECOM/UFMG)

Tema(s): Ciência, Formação de professores, processo de criação, obras didáticas

Idioma(s): português

Apresentação

Nesta série de entrevistas pesquisadores e professores de  diferentes departamentos e laboratórios de pesquisa da UFMG, refletem sobre a  trajetória acadêmica, processo de criação, ciência, conhecimento, extensão universitária e a  constituição uma carreira científica.

Tempo: 13’28”

Sumário:
00’05’’ Ciência
01’02’’ A carreira científica
02’02’’ A pesquisa na área de Física
02’52’’ Percepção pública
03’52’’ Publicações didáticas
05’07’’ Formação docente
06’21’’ Ciência e comunicação
07’07’’ Métodos pedagógicos

Perfil da entrevistada

Beatriz Alvarenga, formada em Engenharia Civil pela Universidade de Minas Gerais é professora emérita da UFMG. Publicou em parceria com Antônio Máximo, o livro Curso de Física, considerada uma obra fundamental no ensino de Física.  “A professora desenvolve um trabalho voluntário em seu escritório. Ela recebe alunos, professores e até leigos curiosos interessados em entender a física. Seus “brinquedinhos”, como ela define as engenhocas que construiu, são inspirados em peças de museus científicos, e podem ser aplicados em atividades lúdicas relacionadas à ciência. Entre óculos de plástico, lâmpadas, miniaturas e caixinhas de música, ela prova que ensinar Física depende mais de criatividade que de recursos mirabolantes.” (Revista Diversa, n. 11)

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3 Responses to “Entrevista com Beatriz Alvarenga”

  1. Carlos A Lessa

    12. dez, 2010

    Devemos muito à professora Beatriz Alvarenga. Parte da nossa formação, virtuosa, se deve aos ensinamentos inovadores da professora e do mestre Antônio Máximo cujas obras – duradouras – alavancaram o ensino da Física no nosso País e, por consequência, das demais áreas técnicas dela dependentes.
    Fico honrado de ter compartilhado (desde os anos 70) os conhecimentos tão ricos e simples desses mestres dedicados, assistenciais e inesquecíveis.

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    • Rubens Silva

      28. dez, 2010

      Beatriz Alvarenga é mais que uma Diva na área educacional, no caso mais especificamente da área de ciências. Se existe fatores e pessoas responsáveis por hoje eu cursar Física na UFMG, ela é uma delas. Lembro detalhadamente como me apaixonei pela matéria quando em sala de aula no meu ensino médio pude desfrutar de suas obras maravilhosas e muito bem montadas. Ainda não vi trabalhos similares neste nível.

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  2. Daisy MAlmeida

    27. jan, 2011

    Beatriz Alvarenga
    por Daisy M. Almeida
    Professora/Depto Física/CCT/UFCG

    E não é que aquele nome da capa do livro de 2o grau ia deixar de ser personagem de ficção e passar a ser real! Eu tinha tocado a campainha da casa da Professora Beatriz Alvarenga, ia junto com alguns colegas convidá-la para recepcionar os calouros de Física de 1981 em nome do Centro de Estudos de Física. A porta se abriu, ela nos cumprimentou e gentilmente nos acomodou em sua sala. Móveis sóbrios, muito espaço e um fogão de seis bocas em um canto com um forro de crochê muito engomado sobre o tampo de vidro, excentricidade só permitida às grandes figuras.
    Naquele dia surgia uma grande amizade que me levou a ceder ao canto da sereia e me envolver profundamente com o magistério de Física.
    Fui sua aluna e com ela viajamos à Itaúna para que me observasse dando aula em um trabalho prático sob sua orientação. Superamos estrada errada, quebra-molas, pneu furado, busca ao lote perdido para regressarmos a Belo Horizonte repletas de queijos e requeijões. Nada comparado à reluzente tarde de feriado passada no Departamento de Física a concluir os trabalhos da disciplina lanchando bolo de Natal com chá indiano e sucos.
    Como um presente de físico para físico ela me deu de casamento uma panela elétrica, um mino!
    Sobre seus tapetes meus pimpolhos engatinharam entre peões, bonecos de mola, espelhos e muito mais. Cresceram brincando com io-ios iluminados, imãs flutuantes, origamis equilibristas e a cada contato com Beatriz uma porta nova do universo se abre a eles.
    Meu ingresso na Universidade Federal de Campina Grande trouxe Beatriz ao interior do Nordeste, ela foi apresentada à caatinga, ao alto sertão da Paraíba onde se formam professores a mais de 40oC, ao saboroso e traiçoeiro queijo de manteiga, aos professores de ensino médio ávidos de sua autoridade em seus assuntos, aos sucos de umbú, cajá e graviola dentre muitos e a uma realidade diferente onde não só a fruta do conde tem nome de pinha mas onde não se deve desperdiçar água em experimentos de calorimetria.
    Enfim com o vigor, o entusiasmo e a atualização de uma recém formada, uma imensa e articulada bagagem de conhecimento e a experiência “supra-previdenciária” de mais de 60 anos de profissão, ela é para mim um exemplo e um estímulo.

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