Cursinhos populares da UFMG podem se inscrever em edital do governo federal e da Fiocruz

Iniciativa vai apoiar 130 cursinhos em 2025; submissão de propostas vai até 6 de maio

 

Cursinho popular Dom Quixote, da Fale, é um dos projetos de extensão da UFMG que atuam na democratização do acesso ao ensino superior | Foto: Arquivo Dom Quixote

Cursinho popular Dom Quixote, da Fale, é um dos projetos de extensão da UFMG que atuam na democratização do acesso ao ensino superior | Foto: Arquivo Dom Quixote

Estão abertas as inscrições para edital da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), que vai selecionar 130 propostas de cursinhos populares gratuitos voltados a preparar estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares que dão acesso à educação superior.

Os cursinhos da UFMG devem ficar atentos. O prazo de inscrições vai até 6 de maio.

O edital é uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Apoio e prioridade

O objetivo é oferecer suporte técnico e financeiro para a preparação dos estudantes da rede pública socialmente desfavorecidos, em especial negros, indígenas e pessoas com deficiência, que buscam ingressar no ensino superior. Terão prioridade os cursinhos que não recebem apoio financeiro direto ou indireto.

As propostas deverão estar alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEM) e ao conteúdo programático do Enem, com carga horária mínima de 20 horas semanais. Também é necessário contemplar atividades complementares de promoção da saúde e de formação antirracista, anticapacitista e de promoção da cidadania.

CPOP

A Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP) foi lançada em 10 de março por meio do decreto 12.410/2025.

Com um investimento inicial de R$ 24,8 milhões para o ciclo 2024-2025, a rede apoiará 130 cursinhos já no primeiro ano, beneficiando até 5.200 estudantes do Brasil. Até 2027, o valor global chega a R$ 99 milhões, com cerca de 324 cursinhos populares apoiados.

Os principais objetivos da rede  são:

  • fortalecer cursinhos pré-vestibulares populares e comunitários;
  • elaborar orientações focadas no Enem para a estruturação e a implementação de ações de formação nos cursinhos da Rede;
  • preparar os estudantes, ampliando a possibilidade de acesso ao ensino superior, principalmente de pessoas negras e indígenas;
  • contribuir para retomada do interesse do jovem brasileiro pelo Enem, que voltou a crescer em 2023;
  • e contribuir para a ocupação de vagas em cursos de graduação de instituições federais.

Com informações da Agência Brasil