METAS

 A Universidade Federal de Minas Gerais é detentora da maior área verde da região da Pampulha. Os números em área impressionam: são dois milhões de metros quadrados de vegetação nativa, 500 mil metros quadrados de gramados, além de milhares de árvores junto a vias, bosques e estacionamentos. Ainda integra esse patrimônio ambiental a Estação Ecológica da UFMG, uma das poucas reservas de preservação do País localizada dentro de um Campus Universitário, ocupando área de aproximadamente 700 mil metros quadrados. É uma unidade urbana de conservação, caracterizada por rica diversidade de flora e fauna, onde se encontram várias espécies de mamíferos, anfíbios, répteis e aves, além de espécies vegetais nativas, como o Cedro e o Ipê, e outras, denominadas exóticas, pois não são originárias da região, a exemplo da Mangueira, do Abacateiro e do Capim Elefante. Também fazem parte do patrimônio verde da UFMG o Museu de História Natural e Jardim Botânico e o Centro Esportivo Universitário.

Nos últimos quatro anos, a UFMG investiu R$ 5,2 milhões na manutenção desse patrimônio verde, por meio do plantio de mudas, serviços de poda, coleta de sementes, disposição de resíduos sólidos, dedetização e controle de pragas dos gramados e jardins dos Campi Pampulha, Saúde e das Unidades isoladas. A própria Universidade mantém, ainda, um Horto Florestal onde são produzidas mudas de mais de 270 espécies ornamentais e 150 arbóreas, preferencialmente nativas, usadas no paisagismo e arborização de toda a UFMG. Deu-se encaminhamento à solução que irá resolver um grave problema de infra-estrutura do Campus Pampulha: fruto de negociação com a Copasa, será construído um interceptor de esgoto que reduzirá a emissão de resíduos e, conseqüentemente, diminuirá a poluição no Córrego Engenho Nogueira, cujas águas, misturadas à de outros córregos da região, desaguam no Rio das Velhas.

A obra livrará, ainda, o Córrego Engenho Nogueira de 30 mil metros cúbicos/mês de resíduos até então jogados sem qualquer tipo de tratamento nas galerias que cortam o Campus Pampulha.

Na obra de construção do interceptor, com execução assegurada pela Copasa em 2006, o investimento previsto é de R$ 1,5 milhão. Essa obra faz parte de um plano mais amplo, estimado em R$ 3 milhões, que se iniciou com a realização, durante oito meses de 2005, de uma nova rede de captação e de distribuição de água, necessária à demanda crescente induzida pelas edificações do Projeto Campus 2000 – que coordena as obras de ampliação e de transferência das Unidades Acadêmicas da região central de Belo Horizonte para a Pampulha.

A UFMG busca, por meio de várias medidas, ampliar a segurança em seus Campi e Unidades. Além da modernização das câmaras instaladas nas quatro portarias que permanentemente registram em vídeo o movimento de veículos no Campus Pampulha, foi contratada uma empresa especializada em vigilância – 26 profissionais circulam pelos locais de maior movimentação, como os estacionamentos, 14 estão nas guaritas e dois carros percorrem todo o Campus Pampulha.

As medidas de segurança se estenderam também ao Campus Saúde, onde 17 vigilantes fazem a guarda do complexo.  

PROJETO CAMPUS 2000

Implementado a partir de 2002, o Projeto Campus 2000 transformou a UFMG no maior e mais movimentado canteiro de obras de Belo Horizonte. O Campus 2000 concretiza o sonho da geração de fundadores da Universidade de Minas Gerais que, em 1927, imaginou a integração de todas as suas faculdades no espaço comum de uma “Cidade Universitária”.

O Projeto Campus 2000 contabilizou, nesses últimos anos, a construção de cinco novas Unidades Acadêmicas, recém-inauguradas:  Faculdade de Farmácia, Departamento de Química, Faculdade de Educação, Instituto de Geociências e Departamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, totalizando 31.500 metros quadrados de área construída a um custo de R$ 42,7 milhões, além dos R$4,3 milhões dos projetos das sete Unidades Acadêmicas que compõem o Campus 2000. Importantes geradoras de mão-de-obra, as obras do Campus 2000 ocuparam até agora cerca de 2.660 operários, estando atualmente em atividade nos canteiros mais de 1,3 mil trabalhadores.

Ainda foram concluídos 19.800 metros quadrados de obras do Anexo II do Departamento de Química, o novo prédio da Escola de Enfermagem, o Centro de Musicalização Infantil, o Conjunto Residencial Ouro Preto 2 (Moradia Universitária), a Biblioteca Comunitária-Universitária do Campus Regional de Montes Claros e os laboratórios de Aqüacultura, Calorimetria e Metabolismo Animal da Escola de Veterinária, projetos que demandaram recursos da ordem de R$ 13,5 milhões. Além disso, foram realizadas importantes reformas e adequações em 160 mil metros quadrados de prédios da Universidade, onde foram investidos R$ 23 milhões. Entre essas reformas destacam-se o prédio antigo da Faculdade de Educação, a expansão do Hospital Veterinário; a recuperação do Hospital Borges da Costa e de outras unidades do Hospital das Clínicas e o Palacinho do Museu de História Natural e Jardim Botânico.

          Aos prédios já inaugurados, virão somar-se duas outras grandes edificações que estão sendo executadas em ritmo acelerado, e onde trabalham atualmente 1,3 mil operários: os novos prédios da Faculdade de Ciências Econômicas, com 16,6 mil metros quadrados, obra que possibilitará à Unidade deixar em 11 meses seu endereço da rua Curitiba, na região central da capital mineira; e o complexo da Escola de Engenharia, totalizando 41,3 mil metros quadrados de área nova que, quando concluído, vai permitir à Escola deixar, definitivamente, os prédios que ocupa nas imediações da Praça Rui Barbosa, também no centro de Belo Horizonte. Orçadas em R$ 101 milhões (projeto completo, sem reduções e incluindo infra-estrutura externa), essas obras executaram, até dezembro de 2005, R$28,5 milhões, estando, também, já assegurados recursos da ordem de R$37 milhões — no total, cerca de 71% do custo, com as reduções previstas — para sua conclusão. Outros R$ 28 milhões terão que ser aportados ao orçamento.

O projeto abarca também obras no entorno das construções, como estacionamentos, passeios e canteiros.

A UFMG recebeu os R$ 48 milhões devidos pela União e um aporte adicional de R$4,5 milhões foi incluído no orçamento de 2006. Somados os valores agregados com a alienação dos lotes no início do processo, o Campus 2000 já executou R$75 milhões. Nenhuma das obras ficou com déficit, entretanto, foram necessárias reduções nas estruturas inicialmente planejadas em todas as Unidades, conforme acordo firmado entre elas e a Reitoria.

 Os investimentos em infra-estrutura e em novas edificações na UFMG resultaram em inúmeros projetos de fundamental importância para a instituição. São muitos os exemplos, entre eles o Laboratório de Controle da Qualidade do Leite e a Unidade de Pesquisa e Demonstração Tecnológica em Aquacultura na Escola de Veterinária; os estúdios, principal e auxiliar, os equipamentos de transmissão e a redação da rádio UFMG Educativa FM (104,5); a reforma da sede da Associação dos Servidores da UFMG; a ampliação de laboratórios no Hospital das Clínicas e na Faculdade de Medicina como, por exemplo, no Núcleo de Pesquisa em Apoio Diagnóstico (NUPAD); a reforma e ampliação do prédio do Departamento de Química; os laboratórios do Departamento de Física, o novo escritório do Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO), além da conclusão do projeto Rede Giga, atestam que a UFMG captou recursos consideráveis e significativos, que permitiram que a Universidade melhorasse e ampliasse sua infra-estrutura.  

Presidente no Campus Pampulha

A visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Universidade Federal de Minas Gerais, ocorrida em 3 de fevereiro de 2006, a segunda visita de um Presidente a esta casa, tornou explícito, de forma emblemática, o padrão que deve pautar as relações entre Governo e Universidade Pública.

Visitando a UFMG, o Presidente Lula retomou o gesto do Presidente João Goulart que, em 1962, aqui esteve inaugurando o Prédio da Reitoria. Pôde constatar o esforço na consolidação do patrimônio público, a austera conduta no trato com os recursos públicos e a expansão física e acadêmica da nossa Instituição. Os novos prédios e laboratórios que integram o Campus 2000, projeto decisivamente apoiado pelo Governo Federal, atestam, uma vez mais, o fortalecimento das Instituições Públicas de Ensino Superior. 

* Acompanharam o Presidente da República: a Primeira Dama, Sra. Marisa Letícia Lula da Silva; o Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, o Ministro da Educação, Fernando Haddad; o Ministro da Saúde, José Saraiva Felipe; o Ministro das Comunicações, Hélio Costa; o Ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia; o Ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o Secretario de Educação Superior do Mec. Nelson Maculan Filho.  

 Desconstrução da crise

Pela primeira vez em sua história, a UFMG apresentou, no ano de 2003, dívidas com fornecedores. O endividamento teve origem, principalmente, no aumento dos gastos com o custeio, item sobrecarregado em grande parte por despesas acarretadas pela adoção, por governos federais anteriores, de uma política equivocada de extinção de cargos públicos e não abertura de concursos.

A dívida foi solucionada no primeiro semestre de 2005, com recursos suplementares do Ministério da Educação, porém muitas das soluções implementadas para a contenção imediata de gastos significaram uma dinâmica permanente na Instituição. A dificuldade financeira foi explicitada não somente para a comunidade universitária, mas também para a sociedade mineira, obtendo-se a colaboração e a solidariedade de todos. Faz-se necessário o registro que além das dívidas de 2003, todos os compromissos da UFMG referentes aos anos de 2004 e 2005 já foram cumpridos. A Universidade não tem dívidas.

A moradia própria, sonho acalentado por milhões de brasileiros e, certamente, também por servidores da UFMG, foi o foco da Pró-Reitoria de Recursos Humanos ao consolidar, em 2005, o Programa de Moradias, que integra o Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Criado por lei federal em 2001, o PAR é gerido pela Caixa Econômica Federal e direcionado aos funcionários públicos de baixa renda. Em agosto passado, a UFMG assinou convênio com a Prefeitura de Belo Horizonte para a construção de conjuntos habitacionais que serão compartilhados por funcionários das duas instituições.

Os primeiros quarenta servidores que participam do PAR foram sorteados, em outubro de 2005, atendendo aos critérios estipulados pelo Programa. Resultado de uma longa negociação, o convênio entre a Prefeitura e a UFMG é um dos instrumentos mais importantes que a Pró-Reitoria de Recursos Humanos incorporou visando a melhoria de qualidade de vida dos servidores da Instituição.

Rede Giga

A Rede Giga toma emprestado seu nome da capacidade de levar informações a uma velocidade de um gigabit - um bilhão de bits - por segundo (1 Gbps). O projeto de implantação recebeu recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Após a conclusão da Fase I (Campus Pampulha) em 2005, em parceria com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, foi completada a Fase II, uniformizando a capacidade das redes de dados das Unidades da UFMG, localizadas fora do Campus  Pampulha.

São beneficiários do projeto, além das unidades dos Campi Pampulha e Saúde, as escolas de Arquitetura e de Engenharia, o Conservatório de Música e as faculdades de Ciências Econômicas e de Direito. A conclusão da nova rede ocorreu em fevereiro de 2006. O investimento de R$ 2 milhões, foi feito com recursos captados junto à Finep (CT-Infra).    

Outras obras  como os novos prédios no Campus Montes Claros, o anexo à Escola de Enfermagem, a revitalização do Hospital Borges da Costa, e as obras no Hospital das Clínicas foram concluídas em 2005 e têm importância fundamental para as atividades universitárias.