GRADUAÇÃO

Ampliar possibilidades de acesso à Universidade, preservar a excelência do ensino, consolidada ao longo de décadas, e investir em cursos e currículos modernos e flexíveis. Tal tríade de metas, “regidas” simultaneamente pela Pró-Reitoria de Graduação, permitiu à UFMG, nos últimos quatro anos, tornar mais atraente um dos principais objetivos da Instituição: formar profissionais humanistas, atentos às inovações do mundo e livres para escolher seu próprio caminho acadêmico. 

Apesar da restrição de recursos governamentais, a UFMG conseguiu ampliar em 5,7% (de 4.422 a 4.674) entre 2002-2006 o número de vagas oferecidas na Graduação, ressaltando-se aí a preocupação com a qualidade do ensino, já que são exigidos altos investimentos em informática, bibliotecas  e laboratórios. 

A idéia de manter a boa qualidade do ensino é subsidiada por uma série de iniciativas acadêmicas. Na UFMG, o projeto de formação do aluno não se restringe à sala de aula. A política institucional também busca assegurar ao estudante benefícios como oferta de bolsas e apoio à participação em eventos. Tudo como vertentes de um grande ideal: a flexibilização curricular, o que dá ao aluno maior liberdade para pensar sua formação.

A UFMG tem implementado, simultaneamente, dois tipos de flexibilização curricular. A horizontal possibilita aos estudantes a participação em atividades extra-acadêmicas, com caráter empreendedor. Já a modalidade vertical diminui o número de disciplinas obrigatórios e permite ao aluno transitar por outras unidades acadêmicas.

 
Embora o processo de flexibilização tenha se acelerado nos últimos quatro anos, sua consolidação depende de mudanças nas normas acadêmicas da Graduação, cujas diretrizes foram aprovadas, em 2002, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). A revisão das normas encontra-se  em debate na Câmara de Graduação. A mudança é vital para consolidar a estrutura de execução da flexibilização curricular, sendo que desde 2004, a licenciatura segue as novas diretrizes curriculares e todos os cursos irão se adaptar ao novo modelo.

A manutenção da qualidade do ensino na Universidade também está vinculada à titulação de seus professores. O corpo docente da UFMG é formado por mais de 90% de doutores e mestres, índice ostentado por poucas instituições de ensino superior do País.

Outra ação importante para o ensino de Graduação  foi a publicação, pela Editora UFMG, da Série Didática, com livros escritos por professores da casa, tratam-se de obras  obras bastantes atualizadas, com linguagem acessível. O projeto acadêmico da Instituição também pressupõe permanente participação do aluno em atividades extra-sala. É o caso do investimento nos programas Acadêmico Especial (PAE), de Aprimoramento Discente (PAD), de Iniciação à Docência (PID) e de Educação Tutorial (PET), este por iniciativa do Ministério da Educação.

Democratização
Mesmo diante dos obstáculos conjunturais, a UFMG, se comparada a outras instituições, tem conseguido ampliar sua estrutura de ensino e pesquisa. Desde 2002, a Universidade criou os cursos de Turismo, Nutrição, Zootecnia e Sistemas de Informação, fruto direto da demanda social.

 
Com relação à democratização do acesso ao ensino superior, a política preferencial da UFMG, respaldada por pesquisa realizada em 2004 por quatro professores da Instituição, caracterizou-se pela abertura de cursos noturnos. De 2002 a 2006, o índice de vagas no período da noite aumentou 31%. Neste caso, os destaques foram a criação dos cursos de Direito Noturno, que passou a receber mais de 50% de estudantes provenientes de escolas públicas, e de Ciências Biológicas Noturno, que permitiu à habilitação oferecer 80 vagas, o dobro do número ofertado anteriormente.

Outro destaque foi a Mostra de Profissões, cujo objetivo é oferecer informações sobre os 48 cursos da UFMG a estudantes do ensino médio de Minas Gerais. Nas duas edições realizadas – 2004 e 2005 –, o evento reuniu cerca de 70 mil pessoas no campus Pampulha.

Matéria publicada no Jornal O Globo, no dia 12 de fevereiro de 2006, aponta a UFMG como líder do ranking das universidades com maior índice de conceitos máximos no Exame Nacional de Cursos (ENC/Provão) e no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes .