Patentes
Exemplo
dessa relação desigual pode ser também verificado na UFMG: apesar da diferença
em investimentos captados em agências de fomento por universidades mineiras, a
Instituição ocupa a segunda colocação – atrás apenas da Unicamp – no
ranking brasileiro de pedidos de patente depositados por instituições públicas,
com 171 solicitações – 147 nacionais e 24 internacionais. Parte dessa
performance pode ser explicada pelo apoio institucional, que, por meio do Fundo
Fundep, destina recursos para financiar depósitos de patentes de pesquisadores
da UFMG.
Além do registro de patentes, que se constitui em indicador qualitativo e
quantitativo da produção científica e inovação tecnológica, o desempenho
da área de pesquisa na Universidade apresentou significativa evolução nos últimos
quatro anos. “Estamos melhores em excelência, em relevância, em
infra-estrutura, em organização dos grupos de pesquisa e em resultados”,
confirma José Aurélio, para quem o desempenho final também é resultado do
trabalho coletivo de pesquisadores, servidores e docentes da Instituição.
Uma das chaves para compreender esse salto é a política de captação de
recursos adotada pela UFMG. “A captação cresceu porque melhorou a articulação
interna para formatar e implantar projetos multiusuários que proporcionassem
mudanças de patamar na realização da pesquisa”, explica o pró-reitor.
Entre os anos de 2002 e 2004, foram destinados R$ 11,8 milhões para a UFMG,
beneficiando oito projetos de impacto, em áreas diferentes.
A revitalização dos programas já existentes também contribuiu para induzir o
crescimento da pesquisa. Foram os casos do incentivo à carreira científica de
recém-doutores, que recebeu R$ 300 mil/ano do Fundo Fundep, e a editoração de
periódicos científicos, aquinhoados com valor idêntico pelo mesmo Fundo.
O impacto dessas ações pode ser verificado em indicadores que apresentam o
volume e a evolução da produção científica dos professores da Universidade.
O número de publicação dos docentes, por exemplo, alcançou 9.230 trabalhos
em 2004, 25% a mais que em 2001. Em 2004, 51,2% da produção científica se
concentrou na área de Ciências da Vida (Ciências Biológicas, Agrárias e da
Saúde), enquanto a de Ciências da Natureza (Engenharias, Ciências Exatas e da
Terra) foi responsável por 25,6% das publicações. A área de Humanidades, que
congrega Lingüística, Letras e Artes, Ciências Humanas e Ciências Sociais
Aplicadas, publicou 23,2% do total de trabalhos científicos.
Parque Tecnológico
Outra
ação da UFMG que deverá mudar a face da produção científica e tecnológica
em Minas é a implantação do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec),
parceria entre a Universidade, Prefeitura de Belo Horizonte, Governo de Minas,
Fiemg e Sebrae. O empreendimento vai receber, em dez anos, investimentos no
valor de R$ 500 milhões. O objetivo é lançar novas bases para a geração de
emprego e renda no Estado, a partir da produção de tecnologia avançada e não
apenas de produtos, como ocorre em distritos industriais convencionais. O
trabalho de viabilização do projeto foi intensificado nos últimos anos.