Pesquisa: como ampliar o impacto no setor produto e sociedade

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Pesquisa: como ampliar o impacto no setor produto e sociedade

 

 

 

 

 

 

Para abrir o OutlabUFMG 2023, os laboratórios assistiram duas palestras magnas e aqui vamos destacar a primeira: “Do Inlab para Outlab – Empreendedorismo em Laboratórios”, por Felipe Massami Maruyama , da Universidade de São Paulo. Ele trouxe os principais gargalos existentes entre pesquisa e mercado, a importância dessa articulação para sanar demandas sociais urgentes e um panorama das iniciativas da USP com as quais ele tem interface.

Felipe é professor, pesquisador e diretor de Operações, Programas e Projetos do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), entidade gestora de ambientes e hubs de inovação e empreendedorismo.

Ele iniciou recordando um passado muito recente no mundo: a pandemia da Covid-19, quando mais de 700 mil pessoas morreram no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. E como a articulação entre pesquisa e setores da sociedade pode gerar uma solução rápida para uma demanda urgente.

O projeto Inspire, da USP, envolveu 60 parceiros e produziu mais de 1 mil equipamentos de suporte respiratório emergencial e transitório, salvando milhares de vidas nas UTIs de 219 hospitais em 15 estados brasileiros. “Esses respiradores representam a capacidade técnico-científica e mostram que, quando mobilizada e orientada por uma grande necessidade, é possível desenvolver uma solução num prazo recorde. Neste caso, foram seis meses até aprovar um aparelho que salvou milhares de vidas, um ventilador pulmonar aberto de baixo custo”, afirmou o professor e pesquisador.

Para além da Covid-19, ele lembrou que o mundo vive calamidades diárias: fome, miséria, outras doenças, aquecimento global com diversos reflexos. “Diante disso, a pergunta que faço é: ‘como podemos ampliar o impacto dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos em instituições científicas e tecnológicas com o setor produtivo e a sociedade?’”.

Felipe Maruyama pontuou oito “barreiras” que hoje impedem que a interação seja fluida entre uma instituição científica e de inovação tecnológica e o setor produtivo:

1- Existem falta de instrumentos de difusão de pesquisas;
2- Existem poucos métodos e processos de testes de desenvolvimento tecnológico de forma apropriada e instalada;
3- Diferenças culturais entre academia e mercado;
4- Necessidade de formação do corpo técnico-científico das estruturas laboratoriais;
5- Falta de visão de mercado da comunidade acadêmica de pesquisa;
6- Ausência de políticas públicas nacionais e regionais contínuas e orientadas;
7- Insegurança jurídica para aplicação do marco legal existente;
8- Fluxos de recursos públicos para desenvolvimento de novas tecnologias e promoção da inovação.

O pesquisador também mostrou as infraestruturas de pesquisa da USP, como DesafioUnicamp, USP Multi, IPT Open, InovaHC, e outros, e abriu espaço para a conexão com os laboratórios da UFMG.

? O vídeo completo da palestra está no canal da PRPq no Youtube.
Fotos: Amanda Canhestro

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