Propriedade intelectual: labs tiram dúvidas e conhecem oportunidades
Um painel sobre os instrumentos do marco legal da ciência, tecnologia e inovação marcou o segundo encontro presencial do Outlab UFMG 2024. As equipes dos laboratórios puderam aprofundar em temas como patente, aliança estratégica e outras formas de propriedade intelectual. O encontro aconteceu no dia 11 de setembro, no auditório do CAD 3, no campus Pampulha da UFMG.
Participaram o painel Lariza Azevedo, do Centro de Referência em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (CR ETES); Denise Mollica Marotta, da Vaxxinova; Bruno Thiebaut, assessor de Propriedade Intelectual da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT UFMG) e a mediação foi feita pela professora Juliana Crepalde, coordenadora executiva da CTIT.
A CTIT apoia o Outlab UFMG desde a sua primeira edição, em 2019. Segundo Juliana Crepalde, é uma forma de promover de forma ampla arranjos de inovação com participação da UFMG. De forma prática, os laboratórios conheceram o funcionamento da CTIT e tiveram as portas abertas para tirar dúvidas e serem apoiados pela coordenadoria. “Nossa equipe de transferência de tecnologia, jurídico, incubadora de empresas, estão todos preparados para atender às infraestruturas de pesquisa”, disse Juliana.
Lariza Azevedo contou sobre o nascimento do CR ETES e os objetivos da empresa. “Nosso objetivo é promover a inovação no setor de saneamento e contribuir para a transição rumo à economia circular. As empresas tradicionais fazem soluções convencionais para o tratamento de esgoto e focam na fase líquida. Nós focamos em soluções personalizadas, na recuperação de recursos, soluções para problemas complexos e também na transmissão de conhecimento”, explicou. Em 2023, a empresa firmou uma aliança estratégica com a Copasa por meio da CTIT/UFMG.
A parceria entre a CTIT/UFMG e a Vaxxinova por meio do laboratório Aquavet foi destacada por Denise Mollica. A empresa é especializada em saúde animal, com destaque para animais de produção e de companhia. A aquacultura é um dos nichos da empresa com produção de vacinas e outros produtos.
O acordo de pesquisa, desenvolvimento e inovação foi firmado em 2020 para desenvolvimento de vacina comercial contra a estreptococose em peixes. “O produto foi licenciado no Ministério da Agricultura em 2023 e, logo em seguida, fizemos o depósito da patente no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual). Em fevereiro de 2024, assinamos o contrato de licenciamento para exploração da tecnologia e, em julho, lançamos a vacina no mercado”, contou Denise.
Para Bruno Thiebaut, assessor de Propriedade Intelectual da CTIT, a colaboração entre universidades e empresas para inovação traz impactos importantes para a universidade, entre eles, o reconhecimento da universidade como formadora de capital humano e a retenção de talentos e geração de emprego. “Além disso, gera melhorias de equipamentos e materiais da universidade, transferência de novos conhecimentos, promove um ambiente promotor de empreendedorismo e inovação e gera progresso tecnológico para o país”, destacou.