Biotério: produção controlada e de alto padrão

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Biotério: produção controlada e de alto padrão

Uma plataforma tecnológica de alta complexidade para produção de roedores usados, exclusivamente e com o mais severo controle, na pesquisa científica da UFMG e outras instituições. O Biotério Central é um dos laboratórios participantes do Outlab UFMG. A equipe entrou no programa com o objetivo de melhorar os processos internos e a gestão da infraestrutura que, neste ano, completa 10 anos.

“Para utilização na pesquisa, os ratos e camundongos têm que ter várias características importantes, como um alto padrão sanitário e genético com status SPF (Specific Pathogen Free). Isso eleva o patamar de qualidade das pesquisas a níveis internacionais e contribui para a excelência do que é realizado na universidade”, explicou a professora Adriana Abalen Martins Dias, coordenadora do Biotério Central.

A utilização de animais em pesquisa, no entanto, é um processo regulado por normas internacionais e legislações nacionais específicas. Todo projeto, segundo Adriana, tem que ser aprovado pelo comitê de ética da instituição que avalia a real necessidade de uso de animais e se existe uma forma alternativa ou substitutiva.

“O comitê de ética também avalia se o protocolo empregado na proposta visa minimizar o sofrimento do animal, preservando o bem-estar e respondendo a uma pergunta relevante. Somente depois de aprovado, o pesquisador fica apto a solicitar animais. O Biotério, então, faz um controle rígido desse fornecimento, considerando o número aprovado, a linhagem exata aprovada no certificado, sexo e idade. Nós trabalhamos com demanda programada. Não criamos animais que não serão realmente usados”, detalhou a coordenadora.

Participação no Outlab

A equipe do Biotério Central se cadastrou para participar do Outlab UFMG 2023 com alguns objetivos. Segundo Adriana, o laboratório tem profissionais altamente capacitados e segue as premissas éticas com muito rigor. Por isso, precisa melhorar a gestão da infraestrutura, ou seja, recursos humanos, recursos financeiros, otimizar processos internos, a comunicação com o usuário, melhorar a forma de registro das demandas e, principalmente, definir em conjunto os caminhos mais promissores para fazer o laboratório crescer.

“Cada vez que participamos de um encontro voltamos cheios de ideias e conseguimos enxergar pontos que não vemos no dia a dia, que éramos capazes de enxergar sozinhos. Tem sido uma oportunidade bem enriquecedora”, disse Danielle Andreza da Cruz Ferreira, bióloga e servidora do Biotério.

Lília de Cássia Espírito Santo, bióloga, disse que à medida que a equipe faz as atividades e coloca as informações no papel, tem mais clareza sobre as necessidades e os caminhos. “São pessoas com muita experiência que compartilham seus conhecimentos com a gente”, afirmou.

“Acho importante que estamos conseguindo ter uma visão abrangente dos processos e projetar o laboratório lá na frente, aprendendo a diversificar o portfólio dos nossos serviços”, complementou Vicente Junio da Fonseca, economista que trabalha na administração do Biotério.

O Biotério Central foi o primeiro no país construído exclusivamente para a produção de animais. Está localizado no campus Pampulha em um prédio de mil metros quadrados que conta, inclusive, com sistema avançado de troca de ar interno para garantir a qualidade da produção. Todo o projeto, incluindo equipamentos, custou na época cerca de R$ 7 milhões e foi feito com recursos próprios da UFMG e de agências de fomento – Finep, CNPq, Capes e Fapemig.

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