Do laboratório da UFMG para o mundo: a jornada do nanoscópio

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Do laboratório da UFMG para o mundo: a jornada do nanoscópio

A segunda palestra da aula inaugural do OutlabUFMG 2023 foi ministrada pelo professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas GeraisAdo Jorio, que é titular do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas (ICEx). Com o tema “Como o elétron foi parar no supermercado?”, ele contou a história da Fábrica de Nanossoluções (FabNS), uma empresa de base científico-tecnológica que nasceu dentro do Laboratório de Nanoespectroscopia, no Departamento de Física. Um grande exemplo para os laboratórios que estão agora participando do OutlabUFMG.

Tudo começou lá em 2003, quando Ado Jorio viu uma palestra no Canadá com os primeiros resultados da tentativa de desenvolvimento de um nanoscópio. Em 2005, segundo ele, chegaram os primeiros financiamentos para começarem os estudos na UFMG para desenvolver o equipamento.

Ele mostrou toda a pesquisa e desenvolvimento do nanoscópio óptico com maior resolução do Hemisfério Sul no LabNS/UFMG. O equipamento possibilita analisar e manipular estruturas em altas escalas de resolução viabilizando a aplicação da nanotecnologia em áreas diversas, como medicina, agricultura, energia e materiais.

Outros nanoscópios existem no mundo, mas o que dá o caráter inovador para o aparelho desenvolvido na UFMG são dois componentes: o uso da nanoantena, que empacota a informação na escala nanométrica, e por ter possibilitado o entendimento do grafeno como supercondutor.

“A spin-off nasceu com seis sócios, sendo dois professores e quatro alunos do doutorado. Fundamos a empresa cujo função seria fazer a transferência das 17 tecnologias do equipamento, transferências feitas pela CTIT para a FabNS, para produzir e vender”, explicou o professor e pesquisador.

Em maio de 2022, a FabNS se instalou no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). A partir disso, o equipamento começou a ser vendido, o primeiro para uma universidade na Alemanha e outro para a Universidade de Lavras, em Minas Gerais. Toda a tecnologia, segundo ele, está em constante evolução na empresa.

“A gente se coloca nisso quando pensa: ‘vou vencer a fronteira’. E ainda mais: vou vencer a fronteira de forma que o conhecimento fique no brasileiro. Quando uma universidade compra um equipamento desse, ela compra de uma empresa brasileira, que vai pagar o engenheiro brasileiro, que vai comprar pão na padaria do Brasil, colocar o filho na escola brasileira, que vai pagar impostos aqui dentro, em vez de pegar todo o recurso e enviar para outro país”, finaliza o pesquisador.

? Assista a apresentação completa no canal da PRPq no Youtube: https://lnkd.in/dchqNsM3

Fotos: Amanda Canhestro

2 Comments

  1. Sou Aposentada na Função de Assistente Administrativo em Educação. Amo a UFMG, sou, grata pelo tempo que trabalhei aí! A UFMG é a Maior Todas. Exemplar em Ensino e Tecnologia, que o Brasil e o Mundo pode Confiar. O Ensino de Primeira Qualidade é Sério e Pioneiro em cada Laboratório! Parabéns aos Professores e Alunos do Departamento de Física e Tecnologia da Universidade Federal de Minas Gerais por tão Grande Feito.

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