Do paper ao PIB: Outlab UFMG começa com palestras de peso
“Do paper ao PIB: o papel das infraestruturas de pesquisa no contexto da inovação” foi o tema da abertura do Outlab UFMG deste ano. Para discorrer sobre o tema com as equipes dos 12 laboratórios participantes foram convidados os professores e pesquisadores Álvaro Eiras, da UFMG, e Mario Sergio Salerno, da Universidade de São Paulo (USP). A abertura oficial do programa aconteceu no dia 28 de agosto.
Antes das palestras, o professor Fernando Marcos dos Reis, pró-reitor de Pesquisa da UFMG, deu boas-vindas aos participantes. O Outlab UFMG é um programa de extensão coordenado pela PRPq. “É com imensa alegria que realizamos a segunda edição do Outlab UFMG. As avaliações feitas no ano passado mostraram que foi uma iniciativa muito bem sucedida com enorme participação dos laboratórios, em número de pessoas, em intensidade e assiduidade em todos os momentos da jornada”, disse o professor Fernando.
O professor Carlos Basílio Pinheiro, diretor de Produção Científica da PRPq, mostrou a importância da pesquisa para a UFMG e disse sobre o propósito do programa. “Esperamos oferecer oportunidades para atores da Universidade falarem mais de inovação e empreendedorismo, que isso seja mais recorrente nas ações dentro dos laboratórios, sobretudo preparando os alunos que a gente forma para os desafios que estão sendo colocados pela sociedade agora”, afirmou.
DO PAPER AO PIB
Mário Sérgio Salerno, da USP, trouxe a palestra “Inovação: a universidade e a empresa”. Ele é professor titular sênior do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP, onde coordena o Laboratório de Gestão da Inovação. O laboratório desenvolve pesquisas, cursos e apoia projetos, implantação e melhoria de sistemas de organização e gestão da inovação em empresas estabelecidas apoiando empreendedores de empresas intensivas em conhecimento a mitigar incertezas nos ecossistemas de negócios.
Para ele, é preciso entender bem a diferença entre o papel da universidade e o das empresas. “Inovação realiza-se no mercado e o agente é a empresa. A universidade não tem como papel ir para o mercado. A empresa no geral, não gera conhecimento, quem gera é a universidade. A relação é difícil, mas sem isso seria mais difícil ainda ter uma inovação de forma perene”, afirmou.
O professor Álvaro Eiras titular do departamento de Parasitologia, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, e é orientador nos cursos de pós-graduação em Parasitologia e mestrado profissional em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual e no programa de pós-graduação em Inovação Tecnológica da UFMG. É pesquisador-empreendedor, possui 18 patentes (INPI e WCT), no qual 8 foram licenciadas para empresas e as tecnologias encontram-se no mercado gerando riquezas (empregos, impostos e royalties).
Ele mostrou sua jornada em busca de empreender sendo pesquisador da Universidade. A primeira empresa que abriu foi a Ecovec Ltda, lotada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) e que foi adquirida por uma multinacional. A Ecovec é pioneira no monitoramento do mosquito Aedes aergypti. “Acredito no trabalho que faço, na pesquisa que me dedico. Se eu não colocar essa tecnologia para a sociedade através de uma empresa spin-off, esses produtos não vão ao mercado”, afirmou.
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Fotos: Amanda Canhestro/Outlab UFMG