Autor: BÍSCARO, F.V.
Orientador: ROMANO-SILVA, M.A.
Outros autores: REIS, H.J;;
Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / FARMACOLOGIA BIOQUÍMICA E MOLECULAR
Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: FARMACOLOGIA
Palavras-Chave: SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO - GLUTAMATO - TOXINA DE ESCORPIÃO
O sistema nervoso entérico (SNE) desempenha importante função no trato gastrointestinal (TGI). Glutamato (GLU) é o principal neurotransmissor (NT) excitatório do SNC. Há evidências que o GLU seja também um importante NT do SNE. Alterações deste NT tem sido relacionadas com distúrbios de secreção e motilidade do TGI. Os canais de Na+ e Ca+2 são essenciais na liberação de NT. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da toxina do escorpião Tityus serrulatus, frações alfa (TsTX) e beta (TiTX- gama) sobre os canais de Na+ e investigar a participação de diferentes tipos de canais de Ca+2 na liberação do GLU no plexo mioentérico. Para isso, retirou-se do íleo de cobaios a camada muscular longitudinal onde esse plexo se encontra. Esta camada foi seccionada em fatias que foram incubadas com [3H]GLU sob condições diversas. O sobrenadante contendo o [3H]GLU liberado teve a sua radioatividade quantificada em um espectrofotômetro. Constatou-se com a incubação do plexo associado às toxinas de escorpião que a liberação do GLU ocorreu predominantemente pela via dependente de cálcio (60% do total de [3H]GLU liberado). O uso de bloqueadores de canais de Ca+2, seguidos de despolarização com o TiTX-gama ou TsTX, mostrou a participação dos canais de Ca+2 tipo L e P (ambos com 10% da liberação de [3H]GLU), N (15 e 20% da liberação de [3H]GLU, quando se utiliza, respectivamente, TsTX e TiTX-?) e Q (30 e 45% da liberação de [3H]-GLU quando acrescenta-se TiTX e TiTX-?, respectivamente). Quando substituiu-se o Na+ por concentração equimolar de cloreto de colina ou utilizou-se tetrodotoxina, não observou-se liberação de [3H]-Glu. Estes fatos reforçam a idéia de que a exocitose e a recaptação de glutamato é feita por um sistema de transporte dependente de sódio.
Apoio: CAPES, CNPq, FAPEMIG, FINEP, PADCT e PRONEX.p>
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