Autor: MANSUR D.S.
Orientador: KROON, E.G.
Outros autores: NOGUEIRA ML;; PREREIRA MVC;
Linhas de pesquisa no CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS / MICROBIOLOGIA APLICADA
Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: MICROBIOLOGIA
Palavras-Chave: HERPES - TRANPLSNSPLANTE DE C´RONEA - PCR
O transplante de córnea é um procedimento cirúrgico em que se substitui e/ou se recompõe a córnea, parcial ou totalmente. A ceratoplastia penetrante tem sido realizada com sucesso há décadas, porém nos últimos 10 anos não houve melhora nas taxas de sobrevida do enxerto. Alguns autores sugerem que o "Herpes simplex virus 1" (HSV 1) ou "Human herpes virus" (HHV-1) pode estar envolvido em casos de falência do transplante penetrante de córnea. O objetivo deste trabalho foi padronizar um sistema diagnóstico por PCR para o (HHV-1) em córneas parafinadas. Vinte e quatro botões corneanos retirados durante a ceratoplastia penetrante foram conservados em álcool a 70% e parafinadas. De cada paciente foram coletados dados clínicos como sexo, idade e indicação do transplante. Nos casos em que a indicação foi a falência do transplante prévio coletamos dados da indicação anterior, do tempo em que o enxerto permaneceu transparente, se o paciente desenvolveu ou não glaucoma e o tempo decorrido entre a falência e a nova ceratoplastia penetrante. As amostras foram submetidas à extração de DNA e à técnica de amplificação do DNA padronizada pela autora. Inicialmente foi amplificado o gene do interferon ? como controle de extração de DNA, e nos casos positivos para esse gene foi feita a amplificação do gene da timidina quinase do HHV-1. Os dados clínicos de 18 pacientes foram analisados, em seis casos os dados clínicos não estavam disponíveis. A amostra foi formada por nove casos (50%) do sexo feminino e nove (50%) do sexo masculino, a média de idade dos pacientes estudados foi de 53,9 anos com desvio padrão de 17,4 anos. A indicação do transplante ocorreu em 13 casos (72%) por falência endotelial do enxerto, em um caso (5,5%) em cada uma das seguintes situações: ceratopatia bolhosa, úlcera fúngica, leucoma corneano traumático, úlcera bacteriana e opacidade corneana supostamente secundária a ceratite herpética ocorrida há seis anos. O tempo em que o enxerto permaneceu transparente nos casos de falência variou de falência primária a 34 meses após a cirurgia, com média de 10,0 meses com desvio padrão de 10,3 meses e mediana de sete meses. O número de pacientes com diagnóstico de glaucoma entre os pacientes com indicação para o transplante por falência do enxerto foi de sete casos (54%). O tempo entre a falência do enxerto e o novo transplante variou de um a 132 meses, com média de 30,8 meses, com desvio padrão de 34,6 meses e mediana de 24 meses. A técnica desenvolvida foi capaz de detectar o DNA viral em diluições de até 0,01 unidades formadoras de placa/?l do HHV-1. Nossas amostras foram negativas para o gene da timidina quinase do HHV-1 com a utilização deste protocolo. Entretanto, essa técnica pode ser de importância clínica no estudo do papel do HHV-1 na falência dos transplantes de córnea.
Apoio: Cnpq/ Fapemigp>
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