Autor: SANTOS, R.R.

Orientador: HAMDAN, J.S.

Outros autores: BATISTA, R D [PIBIC/CNPQ];; HAHN, R.C. [CAPES];

Linhas de pesquisa no CNPq: CIËNCIAS BIOLÓGICAS / MICOLOGIA

Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: MICROBIOLOGIA

Palavras-Chave: PARACOCCIDIOIDOMICOSE - CETOCONAZOL - SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM

A região Centro-Oeste vem apresentando freqüência significativa de casos de paracoccidioidomicose. Este trabalho relata o caso de um marceneiro, V.F., 22 anos, procedente de Colíder, MT, o qual queixava-se de "caroços no pescoço" na ocasião do exame clínico. A história pregressa relatava a retirada de gânglios abdominais por laparotomia exploradora, 2 anos atrás, por ocasião de importante dor lombar. O exame anatomopatológico foi positivo, revelando células leveduriformes de P. brasiliensis. Esse caso foi classificado como forma subaguda multifocal, com envolvimento do tubo digestivo proximal. O comprometimento digestivo na paracoccidioidomicose tem sido descrito em estudos clínicos, exames radiológicos e endoscópicos, bem como em material de necrópsia, sendo porém, incomum, o envolvimento do tubo digestivo proximal. Foi instituída terapia com sulfametaxol-trimetoprim (SMTZ-T), obtendo-se inicialmente boa resposta clínica. Após recidiva, optou-se pelo tratamento com cetoconazol. Diante de nova recidiva, foi iniciada anfotericina B em associação com fluconazol. A partir de evolução clínica com suboclusão intestinal, foi realizada intervenção cirúrgica e prescrição de itraconazol, com acompanhamento ambulatorial. Foi observada correlação entre falha terapêutica e resistência in vitro ao cetoconazol e SMTZ-T quando da realização dos testes de susceptibilidade às drogas.

Apoio: CAPES; CNPq; FAPEMIGp>