CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AGRÁRIAS

BERINJELA (SOLANUM MELONGENA) AUMENTA FATORES DE RISCO DE ATEROSCLEROSE EM MODELO DE HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR

Autor: ENÉAS, L.R- CNPQ

Orientador: ALVAREZ-LEITE, J.I

Outros autores: BOTELHO, F.V; CESAR, G.C; ARANTES, R.M.E

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / METABOLISMO E BIONERGÉTICA

Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA

Palavras-Chave: BERINJELA (SOLANUM MELONGENA) - HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR - ATEROSCLEROSE

É atribuído à berinjela a capacidade de diminuição do colesterol plasmático tanto em animais quanto em humanos. No trabalho, avaliou-se o efeito da administração de Solanum melongena (20% p/v) no metabolismo do colesterol e aterogênese em camundongos deficientes para o receptor de LDL. Os animais foram alimentados com dieta comercial (n=17) e com dieta aterogênica (n=21) tendo a idade de 4-6 semanas, divididos em dois grupos: controle (água) e berinjela (S. melongena a 20%) por 12 semanas experimentais. Os animais eram supridos com dieta e bebida ad libitum. Os pesos (semanalmente), a ingestão (diariamente) e o colesterol hepático e fecal foram avaliados. O colesterol total sérico (início, 4, 8 e 12 semanas de experimento) foi determinado por ensaio enzimático e as frações de lipoproteínas obtidas por cromatografia líquida de alta resolução. Avaliou-se a presença de anticorpos anti-LDLox nos soros dos animais submetidos à dieta comercial. Análises histomorfométricas do arco aórtico e da aorta torácica e abdominal foram determinadas. Nos animais submetidos à dieta comercial e berinjela não houve diferenças quanto ao colesterol sérico, colesterol hepático, esteróis fecais e nas frações aterogênicas VLDL, IDL/LDL. Houve redução de colesterol em HDL. A ingestão de berinjela não alterou o tamanho das lesões ateroscleróticas no arco aórtico (H.E) e nas aortas torácicas e abdominais (Sudan IV). Anticorpos anti-LDLox no grupo berinjela foram estatísticamente maiores que no grupo controle. Nos animais submetidos à dieta aterogênica e à berinjela evidenciou-se um aumento do colesterol sérico total e nas frações aterogênicas, mostrando um efeito hipercolesterolêmico comparado ao grupo controle após 8 e 12 semanas de experimento. Não houve diferença estatística entre os grupos aterogênicos, quanto à formação da lesão aterosclerótica no arco aortico. Houve uma forte tendência ao aumento das placas na aorta torácica e abdominal. Conclui-se que o uso da berinjela aumenta fatores de risco para aterosclerose: colesterol total sérico; abaixamento da fração HDL e anticorpos anti-LDLox.

Apoio: CNPq / CAPES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
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