Autor: FERREIRA, J. A. - IC (OUTRAS) Orientador: RESENDE, M. A. Outros autores: ANDREATA, LS; CURY, VF; ARANTES, RR Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / MICROBIOLOGIA Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Departamento: MICROBIOLOGIA Palavras-Chave: OTOMASTOIDITE - CANDIDA PARAPSILOSIS - ANFOTERICINA B Trata-se de um paciente com 30 anos, que apresentou aos 6 anos de idade uma nodulação flutuante em região adjacente a glândula parótida direita. Foi submetido à cirurgia exploradora na referida glândula sem resultado de diagnóstico. Desde então manteve nodulação na região até que aos 16 anos realizou uma parotidectomia e evoluiu com infecções recorrentes afetando a região parotídea e mastóidea. Foi realizada antibioticoterapia com várias drogas, porém, não houve resposta a terapêutica. Aos 18 anos foi submetido a uma cirurgia de parotidectomia total apresentando como complicação da mesma, comprometimento do nervo facial e presença de uma ferida operatória infectada, a qual apresentou uma secreção purulenta e abundante de cor amarela esverdeada. Nos últimos cinco anos a ferida não cicatrizada vem apresentando secreção esbranquiçada abundante e presença de massa fúngica sob o tecido de granulação da lesão. Após propedêutica laboratorial foi diagnosticada uma otomastoidite causada por levedura do gênero Candida. A espécie Candida parapsilosis foi identificada com base na observação microscópica da levedura através do microcultivo em lâmina em ágar fubá e o teste do zimograma. Foram administrados ao paciente vários antifúngicos derivados dos azólicos por período de um ano, porém não houve melhora do quadro clínico. No momento encontra-se no terceiro ciclo do uso sistêmico de anfotericina B. Ao exame físico o paciente se apresenta em bom estado geral, mantendo uma ferida operatória parotídea com presença de secreção esbranquiçada. Fez sorologia para HIV, a qual teve resultado negativo. Apoio: CNPq, FAPEMIG |