Autor: CHIMICATTI, R. A.

Orientador: DE MARIA, M.

Outros autores: ÁLVARES, E.S.S.; FONTENELLE, J.C.R.

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / ECOLOGIA

Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: ZOOLOGIA

Palavras-Chave: ARANHAS - MALAISE - COMUNIDADE

As armadilhas do tipo Malaise são utilizadas normalmente para capturar insetos alados. Apesar de aranhas serem freqüentemente coletadas nas Malaises são raramente utilizadas. Alguns trabalhos citam a presença de aranhas, sem analisar a composição de famílias e espécies, ás vezes considerando a sua presença um empecilho na coleta de insetos. O objetivo deste trabalho foi analisar a composição e abundância de espécies de aranhas coletadas em Malaises em duas áreas vegetadas de Belo Horizonte, a Estação Ecológica da UFMG (EE) e a Fundação Zoobotânica (FZB). Em cada área foram armadas duas Malaises dentro de um fragmento florestal (mata), a 60 metros da borda, e duas no entorno deste fragmento(entorno) em locais com vegetação herbácea e arbustiva, aproximadamente 70 metros da borda. Foram coletados 393 aranhas, pertencentes a 25 famílias. Apenas 112 aranhas eram adultas e somente estas foram separadas em morfo-espécies. Um total de 46 morfo-espécies de 15 famílias foi encontrado. As famílias mais representadas foram de aranhas cursoriais (Miturgidae, Anyphaenidae, Thomisidae, Corinnidae, Salticidae), sendo Miturgidae a mais representada, com 139 indivíduos, sendo 34 adultos. Todos os adultos de Miturgidae pertenciam a uma única espécie, Cheirachanthium inclusum. A área da EE apresentou a maior abundância e riqueza de espécies, principalmente no entorno (50 indivíduos e 21 espécies), seguido pela mata na própria EE (29 indivíduos e 12 espécies), pelo entorno da FZB (18 indivíduos e 10 espécies) e pela mata da FZB (15 indivíduos e 10 espécies). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi maior para a mata da EE (2,92) seguida pelo entorno da EE (1,47), mata da FZB (2,18) e entorno da FZB (2,03).

Apoio: CNPq, FNMA