Autor: SANTOS, V. C. - PIBIC/CNPQ Orientador: GONTIJO, N. F. Outros autores: DRUMOND, L. A. Linhas de pesquisa no CNPq: PARASITOLOGIA / ENTOMOLOGIA E MALACOLOGIA DE VETORES DE DOENÇAS Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Departamento: PARASITOLOGIA Palavras-Chave: LUTZOMYIA LONGIPALPIS, - PH INTESTINAL - a - GLUCOSIDASE DIGESTIVAS Apesar da importância dos flebotomíneos como vetores das leishmanioses, pouco se conhece sobre a fisiologia do seu tubo digestivo. É neste local que as formas promastigotas de Leishmania se desenvolvem até as formas metacíclicas, infectantes para os hospedeiros vertebrados. O intestino médio dos flebotomíneos pode ser dividido em duas regiões: o intestino médio torácico (IMT) e o intestino médio abdominal (IMA). O IMA é uma porção dilatada para onde se dirige todo o sangue ingerido durante o repasto. O monitoramento do pH ao longo da digestão sanguínea e a distribuição da a-glicosidase (enzima responsável pela digestão da sacarose) nestas regiões pode contribuir para um melhor entendimento da fisiologia digestiva dos flebotomíneos. Microeletrodos de membrana líquida e corantes indicadores de pH foram utilizados com o objetivo de medir o pH nestes locais. O pH do intestino médio abdominal alcançou valores próximos de pH 8 logo após o repasto e foi caindo lentamente até pH 7,5 ao longo de 40 horas. Durante este período, o pH na região torácica permaneceu constante com valores entre 5,5 e 6. A atividade da a-glicosidase, medida com o uso do substrato p-Nitrofenil-a-D-glucopiranosídeo, foi 3 vezes maior no IMT do que no IMA. Considerando o pH ótimo da a-glicosidase (pH 6), das proteases (pH 8-8,5) e sua localização anatômica, ficou evidente que a digestão da sacarose e das proteínas é compartimentalizada. Em Lu. longipalpis, a digestão de sacarose ocorre no IMT enquanto que a digestão das proteínas ocorre no IMA. Esta compartimentalização torna possível a ação concomitante destas duas classes de enzima digestivas. Apoio: CNPq |