CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AGRÁRIAS

EFEITOS DA MÚSICA SOBRE A RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM CAMUNDONGOS INOCULADOS COM TUMOR DE EHRLICH

Autor: AGUIRRE, A. C. C.. - VOLUNTÁRIO

Orientador: GUERRA, L.B.

Outros autores: BALABRAM, D. ; BARBOSA, M.M.L.; CASSALI, G.D.

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / CANCEROLOGIA

Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: MORFOLOGIA

Palavras-Chave: MÚSICA - NEOPLASIA - INFLAMAÇÃO

A influência da música sobre a saúde tem sido estudada há vários anos. Nossa investigação, feita através de consulta ao MEDLINE/PUBMED desde 1960, mostrou que, entre as décadas de 80 e 90, o número de trabalhos publicados relacionando música e outras temas como saúde, terapia, psiquiatria, cognição, educação e desenvolvimento infantil dobrou. No entanto, dados de pesquisas buscando explicar os efeitos de estímulos sonoros complexos sobre a saúde do indivíduo e que envolvem, necessariamente, os sistemas neuroendócrino e imunológico, só surgiram na literatura a partir de 1991. O objetivo de nosso trabalho foi avaliar o efeito da exposição à música "Jesus, Alegria dos Homens" (Bach) e de uma composição para bandas, sobre a resposta inflamatória aguda após injeção de células tumorais. Camundongos BALB/c, machos, adultos receberam células do tumor de Ehrlich, inoculadas via subcutânea, no coxim plantar do membro posterior esquerdo, sendo divididos em 4 grupos: A) Tumor (n=6), receberam apenas as células tumorais; B) Bach+tumor, exposto à música 5 dias antes da inoculação (n=8); C) Tumor+Bach (6), exposto à música 2 dias após a inoculação; D) Tumor+Banda (6), exposto à música 2 dias após a inoculação. A resposta inflamatória foi verificada pelo parâmetro "edema" avaliado pela medida da pata, em diferentes intervalos de tempo. Observou-se tendência a menor tamanho da pata nos animais expostos à música, sendo que apenas o grupo B (Tumor+Bach) apresentou diferença significativa em relação ao grupo A (tumor) nos dia 6, 8 e 10 após a inoculação. Esses dados preliminares sugerem que estímulos sonoros complexos interferem na resposta inflamatória aguda local cuja caracterização celular e humoral (citocinas) deverá ser feita numa próxima etapa do trabalho. Os resultados corroboram dados anteriores do grupo demonstrando que animais expostos a música apresentam menor crescimento do tumor de Ehrlich, sugerindo a interferência de estímulos sonoros no crescimento tumoral e, portanto, na resposta imunológica.

Apoio: CNPq

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
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