Autor: ARANTES, R. R. - AT (CNPQ)

Orientador: RESENDE, M. A.

Outros autores: FERREIRA, J. A. G.; OLIVEIRA, R. C. B. O.; CURY, V. F.

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / MICROBIOLOGIA MÉDICA

Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: MICROBIOLOGIA

Palavras-Chave: MEDIASTINITE - ASPERGILLUS FUMIGATUS - INFECÇÃO HOSPITALAR

Criança de 8 anos, portadora de Síndrome de Williams, anomalia congênita não imunossupressora, foi submetida a cirurgia para correção de estenose supra-aórtica. Em 01/2001, após um ano, foi internada com quadro de reação a corpo estranho na ferida operatória com hiperemia e secreção local. Procedeu-se a retirada de 2 fios de aço, curetagem do subcutâneo e a paciente foi medicada empiricamente com Cefalexina por 8 dias, sem melhora clínica. Em 04/2001, foi solicitada cultura de secreção de ferida onde cresceu S. aureus multissensível, que foi tratado com eritromicina por 10 dias, sem melhora. Após múltiplos cursos terapêuticos com Cefalexina, a paciente mantinha sinais de infecção de ferida e evoluía com anemia progressiva, sem leucocitose. Em 07/2001, como a paciente mostrava-se febril nos últimos 2 meses, foi realizada TC de tórax que mostrava sinais compatíveis com osteomielite vertebro-costal e esternal além de múltiplas coleções intra-mediastinais. Foi feito debridamento local e coletado fragmento de parede torácica para cultura, que mostrou crescimento de um fungo em ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol. Após observação das características macroscópicas da colônia e dos aspectos microscópicos do fungo, através do microcultivo em lâmina em ágar fubá o microrganismo foi identificado como Aspergillus fumigatus. Testes de sensibilidade aos antifúngicos estão sendo realizados. Foi iniciado tratamento com anfotericina B e, após dose máxima, itraconazol. A paciente evoluiu de forma lenta e optou-se por iniciar tratamento com acetato de caspofungina. Foi realizada nova abordagem cirúrgica, com achado de fibrose difusa no mediastino e nos pulmões. Foi coletado fragmento pulmonar onde houve crescimento de E. coli multissensível. Houve boa resposta a cefatriaxone.

Apoio: CNPq / FAPEMIG