Autor: MARCATTO, A.L.M. - PROBIC/FAPEMIG

Orientador: GOES, A.M.

Outros autores: SOUZA,P.M.

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / IMUNOLOGIA

Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA

Palavras-Chave: ELISA - ANTICORPOS - SCHISTOSOMA MANSONI

A esquistossomose é uma parasitose endêmica de ocorrência bastante ampla.O trematódeo causador desta doença, o Schistosoma mansoni, vive acasalado no sistema porta-hepático do homem. No decorrer da infecção, a doença apresenta duas fases evolutivas: fase aguda, período inicial que precede a oviposição, e a fase crônica, onde as interações parasita-hospedeiro podem definir quadros clínicos assintomáticos ou quadros graves com inúmeras complicações. O exame parasitológico de fezes representa um dos pilares da abordagem laboratorial da esquistossomose mansoni A biópsia da mucosa retal é uma ferramenta alternativa, mas, por causar grande desconforto para os pacientes e ser muito agressivo, o procedimento é pouco indicado.Nos últimos anos, muito tem sido feito no sentido de encontrar um ou um grupo de antígenos candidatos para a produção, em larga escala, de um método imunológico de diagnóstico da esquistossomose.O estudo da resposta imune humoral na esquistossomose mansoni usando reações imunoenzimáticas de alta sensibilidade como o ELISA pode ser considerado um modelo alternativo e interessante no diagnóstico da infecção pelo S. mansoni, e também oferecer subsídios para a distinção entre as diferentes fases da doença e o diagnóstico diferencial desta com outras doenças com quadro clínico semelhante. No presente trabalho, foi feita a caracterização bioquímica e imunológica dos antígenos secretados pelos vermes adultos de S. mansoni com o objetivo de se desenvolver um método alternativo de diagnóstico da esquistossomose por meios imunológicos.Através de eletroforese, os antígenos secretados foram comparados aos antígenos SEA e SWAP, onde foi possível a visualização de bandas comuns entre os três antígenos e também bandas exclusivas aos antígenos secretados. Ensaios de ELISA utilizando soro de coelhos imunizados com os antígenos secretados confirmaram a antigenicidade de tais antígenos. Foram realizados também testes de ELISA com soro de pacientes infectados e normais a fim de se comparar a resposta imune dos três antígenos já citados, onde se verifica que a reação aos antígenos secretados é mais alta em relação ao SEA e ao SWAP. Com o objetivo de avaliar a dinâmica da reatividade imunológica aos antígenos secretados, grupos de camundongos Balb/c foram infectados com cercárias e alguns grupos foram tratados 45 dias após a infecção. Testes de ELISA utilizando soros recolhidos a cada semana de infecção confirmam que os anticorpos específicos aos antígenos secretados aparecem após a quarta semana de infecção e o tratamento não é capaz de diminuir a resposta imune do hospedeiro aos antígenos secretados.

Apoio: FAPEMIG