Autor: ALVES-LARA, I
Orientador: NOVATO-SILVA E
Outros autores: FARIA HP; MELO EM; PINHEIRO TMM; CURY GC; SILVA JM;; LAUTON-SANTOS S [DO/CNPQ]; SOUZA, RA [DO/CNPQ]; SCALIONI-QUEIROZ, GH [DO/CNPQ]; NOVATO-SILVA E [DO/CNPQ];
Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / IMUNOLOGIA CELULAR
Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA
Palavras-Chave: AGROTÓXICO - TRABALHADOR RURAL - ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO
O uso de agrotóxicos teve seu início em meados do século 20 na chamada "revolução verde", que surgiu como solução para o desafio da produção de alimentos em larga escala. Logo, entretanto, foram descritos diversos efeitos de agrotóxicos sobre os sistemas nervoso, hematopoiético, respiratório, reprodutor e imune dos trabalhadores expostos a eles. Muito pouco ainda se sabe sobre os mecanismos de ação de agrotóxicos sobre a saúde humana e se desconhecem as consequências da exposição múltipla a diversos produtos. O objetivo deste estudo foi examinar se a exposição ocupacional de trabalhadores a agrotóxicos poderia afetar a capacidade funcional de células do sistema imune. Para tanto, granulócitos humanos foram obtidos de voluntários laboralmente expostos (trabalhadores rurais de Baldim/MG) ou não expostos a agrotóxicos (grupo controle recrutado na Fundação Hemominas/MG). A produção de espécies reativas (ROS) de oxigênio por estas células durante a fagocitose de zymozan-C3b foi avaliada pelo ensaio de quimioluminescência. Nossos resultados revelaram um aumento significativo na produção de ROS por granulócitos de trabalhadores rurais nas faixas etárias de 20-29 anos (1393,1±194,7 RLU/45min) (p=0,000282) e 30-39 anos (1367,4±266,4 RLU/45min) (p=0,00037), quando comparados ao grupo controle das mesmas faixas etárias (respectivamente 695,2±22,3 e 767,5±33,2 RLU/45min). A produção aumentada de ROS pelas células de trabalhadores rurais pode estar relacionada a diversas patologias associadas à exposição ocupacional a agrotóxicos. O ensaio aqui descrito pode ser utilizado para se estudar, in vitro, os efeitos dos agrotóxicos em células humanas e, talvez, possa ser usado como um biomarcador para identificar precocemente danos à saúde, provocados pela exposição a agrotóxicos.
Apoio: FAPEMIG, Fundação Hemominas, Ministério da Saúdep>
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