Autor: LITWINSKI, GIS

Orientador: NOVATO-SILVA E

Outros autores: FARIA HP; MELO EM; PINHEIRO TMM; CURY GC; SILVA JM;; LAUTON-SANTOS S [DO/CNPQ]; ALVES-LARA I [DO/CNPQ]; SOUZA RA [DO/CNPQ]; SCALIONI-QUEIROZ GH [DO/CNPQ]; NOVATO-SILVA E [DO/CNPQ];

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / IMUNOLOGIA CELULAR

Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA

Palavras-Chave: PROLIFERAÇÃO CELULAR - AGROTÓXICOS - TRABALHADOR RURAL

A cada ano, novos e mais potentes agrotóxicos são introduzidos no mercado devido à resistência adquirida por insetos e microorganismos aos produtos utilizados. Além da exposição ambiental, trabalhadores rurais sofrem também as consequências da exposição laboral a substâncias químicas, com efeitos prejudiciais à sua saúde. O sistema imune é um alvo potencial para tais efeitos, que permanecem, ainda, mal compreendidos, verificando-se, entre outros, imunossupressão e hipersensibilidade. Visando contribuir para a compreensão dos efeitos de agrotóxicos sobre a saúde humana, estudamos a resposta proliferativa in vitro de células mononucleares obtidas de voluntários laboralmente expostos (trabalhadores rurais) ou não expostos (controle) a agrotóxicos. O estudo foi feito através da avaliação da capacidade proliferativa dos linfócitos estimulados por PHA, usando o ensaio de metabolização do MTT. Este estudo foi feito em trabalhadores rurais de Baldim/MG, avaliados clinicamente no Ambulatório de Doenças Ocupacionais/HC/UFMG e o grupo controle foi recrutado na Fundação Hemominas/MG. Células mononucleares obtidas dos doadores dos dois grupos foram cultivadas por 72 horas na presença ou ausência de PHA. Nas 4 últimas horas de cultura foi acrescentado o MTT e a produção de cristais de formazan foi avaliada em espectrofotômetro. Os resultados mostraram proliferação significativamente maior (p=0,00002) em resposta a PHA em células mononucleares dos doadores do grupo controle (0,191± 0.015) quando comparadas com as células dos trabalhadores rurais (0,056±0,022). Considerando que a resposta a PHA está relacionada com a capacidade funcional de linfócitos T humanos, estes achados sugerem que a exposição laboral aos agrotóxicos poderia comprometer a resposta imune celular dos trabalhadores.

Apoio: FAPEMIG, Fundação Hemominas, Ministério da Saúdep>