Autor: MENDES, E A
Orientador: HORTA, M F M
Outros autores: SOUSA-FRANCO, J; SANTOS, J L;;
Linhas de pesquisa no CNPq: IMUNOLOGIA / APOPTOSE, MACRÓFAGOS, LEISHMANIA
Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: BIOQUIMICA E IMUNOLOGIA
Palavras-Chave: - -
As espécies de Leishmania que infectam humanos causam um amplo espectro de formas clínicas incluindo as formas cutânea, mucocutânea, cutânea difusa ou visceral. A infecção de camundongos por Leishmania pode causar aspectos diferentes determinados não somente pela espécie de Leishmania, mas, também, pela linhagem do camundongo, sendo, em última análise, determinados pelo tipo de resposta imune desenvolvida pelo hospedeiro. Um modelo clássico é a susceptibilidade de camundongos BALB/c versus a resistência de C57BL/6 à infecção de L. major ou L. amazonensis. Outro exemplo é a linhagem C57BL/10 que é capaz de curar a lesão quando infectada com L. major, mas não é capaz de fazê-lo quando infectada com L. amazonensis. No presente trabalho, nós mostramos que camundongos BALB/c, incapazes de curar a lesão causadas por L. major ou L. amazonensis, não desenvolvem lesão quando infectados com L. guyanensis. De acordo com essa observação, a porcentagem de macrófagos infectados in vitro com L. guyanensis, mas não com L. amazonensis, diminui significativamente em 72 horas atingindo valores quase nulos em 96 horas. Usando a técnica do TUNEL, nós mostramos que, em 24 horas após a infecção, 25% dos macrófagos infectados com L. guyanensis apresentaram parasitas com DNA fragmentado, ao passo que apenas 8% de células infectadas com L. amazonensis tinham parasitas marcados. Em 100 macrófagos observados, aproximadamente 35 amastigotas de L. guyanensis positivas foram encontradas, enquanto apenas 9 amastigotas positivas de L. amazonensis foram observadas. Esses resultados sugerem que amastigotas de L. guyanensis morrem por apoptose dentro dos macrófagos. Como macrófagos infectados com L. guyanensis não produzem óxido nítrico, outro(s) mecanismos leishmanicidas devem estar atuando. Na tentativa de elucidar esse mecanismo, nós investigamos se L. guyanensis era capaz de induzir explosão respiratória. Utilizando o método de quimioluminescência, nós mostramos que L. guyanensis é muito mais potente indutor da explosão respiratória em macrófagos de BALB/c do que L. amazonensis. Mostramos ainda que H2O2 é capaz de matar L. guyanensis de maneira dose dependente. Assim, nossos resultados indicam que a eliminação de L. guyanensis por macrófagos de BALB/c ocorre por apoptose e sugerem que intermediários reativos do oxigênio gerados durante a infecção possam estar envolvidos.
Apoio: CNPq, FAPEMIG, PRONEXp>
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