Autor: FERREIRA, B.M.
Orientador: CARNEIRO, M.
Outros autores: GRECO, D B; RIBEIRO, R A [PIBIC/CNPQ]; FIALHO, E L [PIBIC/CNPQ];;
Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS
Unidade: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Departamento: PARASITOLOGIA
Palavras-Chave: ESTUDO DE COORTE - HOMOSSEXUAIS/BISSEXUAIS - HIV/AIDS
Objetivos: Avaliar factibilidade de estabelecer este tipo de coorte e mantê-lo por tempo prolongado; determinar incidência da infecção pelo HIV; avaliar impacto de programas preventivos e eficácia do aconselhamento e intervenções educacionais na taxa de incidência; avaliar possibilidade de conduzir ensaio clínico com vacinas candidatas anti-HIV com voluntários recrutados deste coorte; discutir aspectos éticos e técnicos. Metodologia: foi formada coorte aberta, iniciada em 11/1994 em BH com indivíduos homo/bissexuais masculinos HIV negativos com idade entre 18 e 59. Avaliação preliminar mostrou incidência entre 1,3 e 8/100 na população de homo/bissexuais masculinos, baseada em dados de soroprevalência do HIV nesta população. Após consentimento do voluntário, há avaliação comportamental, sorológica e clínica, acompanhamento e aconselhamento; realiza-se acompanhamento sorológico (anti-HIV) e de outras DST semestralmente. Os recém-convertores recebem acompanhamento clínico, imunológico e sorológico. Resultados: Entre 07/1994 e 11/2001, 706 pessoas foram triadas, 58 não completaram o protocolo inicial e ELISA anti-HIV revelou 64 soropositivos. Foram recrutadas 584 pessoas. Nestes 7 anos, 24 infectaram-se pelo HIV. As incidências para diferentes períodos foram de 1,34%, 1,75%, 1,99% pessoas-ano durante 18, 36 e 48 meses de seguimento, respectivamente. Análise preliminar dos soroconvertores recentes: constituem maioria de solteiros, pardos, com 1o e 2o graus e homossexuais, apresentam como risco principal sexo oral/anal sem proteção. Conclusão: Demonstrou-se a factibilidade de acompanhamento de coorte por tempo prolongado e que a incidência de infecção pelo HIV é baixa, embora continue ocorrendo mesmo com a intervenção educacional, distribuição de preservativos e aconselhamento constantes. Além disto, os voluntários certamente serão capazes de decidir autonomamente sobre a sua participação em futuros ensaios clínicos com vacinas anti-HIV.
Apoio: CTR-DIP; Pós-Graduação em Medicina Tropical, Departamento de Clínica Médica da UFMG; Coordenação Nacional DST/Aids, FUNDEP, Prefeitura de Belo Horizonte, CNPqp>
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