Autor: LAGE, F.C.

Orientador: REZENDE, C. M. F.

Outros autores: SOUSA, M G;; MELO, E.G.;

Linhas de pesquisa no CNPq: CIENCIAS AGRARIAS / CLÍNICA E CIRURGIA ANIMAL

Unidade: ESCOLA DE VETERINÁRIA
Departamento: CLÍNICA E CIRURGIA VETERINÁRIA

Palavras-Chave: ARTROSCOPIA - OSTEOCONDROSE - CÃES

A artroscopia no cão foi relatada no final da década de setenta e desde então tem se observado crescente interesse pela técnica. A artroscopia permite inspeção intra-articular detalhada e informações que não podem ser obtidas pelos exames clínico e radiológico, métodos mais usados em Veterinária. Permite ainda a inspeção das vilosidades sinoviais no meio natural, possibilitando informações sobre trauma articular agudo. A artrose pode ser diagnosticada mais precoce do que com o exame radiográfico. . É uma técnica minimamente, invasiva, promove o retorno mais rápido à função e oferece melhor efeito cosmético. O objetivo deste trabalho é relatar o diagnóstico e tratamento de seis casos de osteocondrose dissecante em cão por meio de artroscopia. Foram tratados seis cães de diferentes raças, de porte médio a grande, com idade variando de sete meses a oito anos, que mostravam claudicação. Em três, foi verificado claudicação do membro anterior, um mostrava claudicação do membro posterior e os outros dois não apoiavam.O tempo de manifestação dos sinais variou de um a seis meses. O exame radiográfico revelou alteração no osso subcondral. À artroscopia verificou-se flap de cartilagem na cabeça do úmero e defeito no osso subcondral.Na articulação femorotibiopatelar observou-se aumento acentuado das vilosidades e erosão no osso subcondral. Foi feita curetagem do defeito via artroscopia e irrigação abundante com solução Ringer Lactato. O pós-operatório consistiu de administração de sulfato de condroitina A, bandagem do membro por 10 dias e restrição de movimentos por seis semanas. Foi relatado alívio da dor aos 10 dias. A incisão cirúrgica mínima oferece maior conforto e facilita a recuperação. Por ser uma técnica pouco invasiva é possível acompanhar por visão direta, a evolução pós-operatória dos processos articulares que até então era feito por meio de radiografia.

Apoio: FAPEMIG, Escola de Veterinária UFMG.p>