Resumos da XI Semana de Iniciação Científica
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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AGRÁRIAS

ESTUDO RETROSPECTIVO DA BABESIOSE CANINA EM BELO HORIZONTE DE 1998 A 2001

Autor: BASTOS, C. V.

Orientador: PASSOS, L. M. F.

Outros autores: ARAÚJO, R B; SANTOS, M;; MOREIRA, S. M. [CNPQ];

Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS AGRÁRIAS / MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

Unidade: ESCOLA DE VETERINÁRIA
Departamento: MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

Palavras-Chave: BABESIA CANIS - CÃO - HEMOPARASITOSE

A babesiose canina, causada pelo protozoário intraeritrocitário do gênero Babesia, é transmitida por carrapatos para canídeos domésticos e silvestres. O presente trabalho descreve um estudo retrospectivo realizado em cães diagnosticados com Babesia canis, através de esfregaço sangüíneo, no Hospital Veterinário da UFMG, de março de 1998 a setembro de 2001. Foram pesquisadas 194 fichas suspeitas de hemoparasitoses, sendo que, destas, 61 cães foram detectados com Babesia canis, representando 42% dos animais positivos para hemoparasitas. Destes animais analisaram-se dados demográficos, clínicos e parâmetros hematológicos. Os diagnósticos positivos se concentraram principalmente durante os anos 2000 e 2001. Houve maior incidência de animais infectados entre 13 e 24 meses (19,2%) e 25 e 48 meses de idade (21,2%), sendo que 73,1% dos casos ocorreram em cães entre 0 e 4 anos de idade. As raças com maior número de casos foram Pastor Alemão (16,6%), Poodle (13,3%) e Rottweiler (11,6%), sugerindo que não há relação entre babesiose e o porte do cão. Não houve predisposição quanto ao sexo dos cães. Quanto à moradia, 78,8% dos animais residiam em casas e 21,2% em apartamentos. Observou-se que todos os animais com histórico de carrapatos e/ou presença destes ao exame clínico moravam em casas. A distribuição dos casos foi bem diversificada em regiões de Belo Horizonte e áreas peri-urbanas. Os sinais clínicos mais freqüentes foram febre (média de 39,5 C), apatia, anorexia, perda de peso, desidratação, dor abdominal e sensibilidade renal à palpação. Dos animais analisados, 64,3% apresentaram anemia, 19,6% hematócrito com queda significativa (<15%), 62,5% eosinopenia, 64,3% aumento de neutrófilos bastonetes e 89,3% anisocitose, representando as alterações hematológicas mais freqüentes.

Apoio: CNPqp>

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
25 a 29 de Novembro de 2002
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA
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