Autor: MELO, A.P.P.
Orientador: MANCINI, M. C.
Outros autores: CURY, V.C.R.; FONSECA, S.T.;;
Linhas de pesquisa no CNPq: CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Unidade: ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Departamento: DE FISIOTERAPIA E DE TERAPIA OCUPACIONAL
Palavras-Chave: PARALISIA CEREBRAL - MOBILIDADE - ÓRTESE
A paralisia cerebral (PC) é uma condição que afeta estruturas e funções do sistema neuro-músculo-esquelético, acometendo crianças em fase inicial do desenvolvimento e podendo interferir na aquisição de habilidades motoras na infância que são essenciais para o desempenho de atividades e tarefas da rotina diária. Vários estudos documentaram os efeitos das órteses em componentes da atividade motora em crianças PC, entretanto, informação sobre o impacto do uso de órteses no desempenho de atividades funcionais são menos freqüentes. O objetivo deste estudo foi comparar o desempenho motor de crianças portadoras de PC em duas situações: com órtese e sem órtese. Participaram deste estudo 18 crianças com diagnóstico clínico de paralisia cerebral, sem distúrbios associados, retardo mental ou disfunções sensoriais. A mobilidade funcional dstas crianças foi avaliada por dois testes infantis padronizados (GMFM, PEDI). O GMFM quantifica a função motora grossa de crianças com PC, em cinco dimensões: deitando e rolando; sentado; engatinhando e ajoelhando; de pé, andando, correndo e pulando. Para este estudo, foram administradas somente as sub-escalas: de pé e andando, correndo e pulando. O teste PEDI avalia aspectos funcionais (habilidades e independência) do desenvolvimento de crianças em três áreas do desempenho: auto-cuidado, mobilidade e função social. Neste estudo, foram utilizadas somente as duas escalas que avaliam a mobilidade da criança. Os dados foram analizados com o teste MANOVA para medidas repetidas. Resultados revelaram diferenças significativas na interação órtese x dimensão, sendo que todas as crianças apresentaram mobilidade superior na condição com órtese. Este estudo sugere que o uso de órteses em crianças com PC parece influenciar positivamente no desempenho de atividades motoras típicas da rotina diária destas crianças, incluindo correr, pular, subir e descer escadas. Tais informações podem orientar os processos de avaliação e intervenção de profissionais que trabalham com esta clientela, identificando desfechos clínicos que condizem com as expectativas da criança e de sua família.
Apoio: Departamentos de Fisioterapia e de Terapia Ocupacionalp>
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