Autor:
CARDOSO, A A [PIBIC/CNPq]
Orientador:
MAGALHÃES, L C
Outros autores:
MANCINI, M C; PAIXÃO, M L; COELHO, Z C
Linhas de pesquisa no CNPq:
CIÊNCIAS DA SAÚDE / FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Unidade:
ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Departamento:
TERAPIA OCUPACIONAL
Palavras-Chave:
PREMATURIDADE / PARALISIA CEREBRAL / VALIDADE PREDITIVA
Avaliação do Movimento do Bebê (Movement Assessment of Infants - MAI) foi criada no final da década de 70 com o objetivo de detectar precocemente distúrbios motores, como a paralisia cerebral. É um instrumento amplamente utilizado nos Estados Unidos, mas não existem estudos sobre a validade preditiva deste teste para a população brasileira. O objetivo deste estudo foi examinar a validade preditiva do MAI para crianças nascidas prematuramente e que fazem acompanhamento no ACRIAR (Ambulatório da Criança de Risco) do Hospital das Clínicas da UFMG. O ACRIAR é um serviço multidisciplinar de acompanhamento do desenvolvimento de recém nascidos pré-termo. As crianças são acompanhadas do nascimento aos 7 anos de idade, através de avaliações periódicas, nas idades chave para detecção de transtornos do desenvolvimento. Para este estudo foram utilizados dados armazenados no período de janeiro/1991 a maio/2002. A amostra foi constituída por 89 crianças, sendo incluídas todas as crianças nascidas com idade gestacional <= 32 semanas (X=29,7 +/-1,7) e peso <= 1500g (X = 1.141,18 +/- 222,83), que tinham escores do MAI aos 4 e 8 meses de idade corrigida. O número de pontos de risco no MAI foi comparado ao diagnóstico de paralisia cerebral, feito por neurologista, entre os 2 e 7 anos de idade. Foram calculadas estimativas de sensibilidade (0,61 a 0,98), especificidade (0,97 a 0,89), valor de predição positiva (0,53 a 0,60) e valor de predição negativa (0,93 a 0,98), aos 4 e 8 meses, respectivamente, para escores de risco >= 13 pontos, observando-se melhor capacidade preditiva para escores >= 10 pontos de risco. Tais resultados indicam que o MAI é útil para a predição da PC, principalmente se usarmos como ponto de corte valores acima de 10 pontos de risco, como referendado na literatura mais recente.
Apoio:
CNPq / FAPEMIG / DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
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